Cotidiano

Potiguares contam com ‘Vaquinhas’ para realizar o sonho de estudar no exterior

Gustavo Freire e Ana Cecília Ferreira estão arrecadando recursos para custos com passagens, vistos e manutenção

por: NOVO Notícias

Publicado 15 de abril de 2024 às 15:17

A educação move sonhos e a luta por um ensino melhor faz com que milhares de brasileiros busquem alternativas para conquistar o “impossível” e se especializar em sua área no exterior. Diante desse sonho, muitos resolvem contar suas histórias nas redes sociais e buscam apoio para custear seus projetos e objetivos.

Gustavo Freire, um jovem de 26 anos, nascido em Pau dos Ferros, na região oeste do Rio Grande do Norte, é um desses estudantes que buscam ajuda para ir atrás do seu sonho. Ele cursa História na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. “A aprovação no curso de História na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, foi o ponto de partida para uma jornada extraordinária que pode me conduzir à Universidade de Harvard”, afirma Gustavo.

“Na UFRN tive a oportunidade de me dedicar aos estudos, sendo bolsista e realizando pesquisas voltadas para o ensino de História e Relações Étnico-Raciais”, destaca Gustavo Freire, agora com 26 anos. “Em seguida, fui o primeiro colocado nos processos seletivos de mestrado na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), optando por seguir meus estudos em Salvador”, conta.

“Recentemente, recebi a notícia da minha aprovação no programa de doutorado em Estudos Africanos e Afro-Americanos da Harvard University, em Massachusetts, nos Estados Unidos”, revela Gustavo. “As aulas estão programadas para começar em setembro, mas ainda não sei se conseguirei uma bolsa para custear as despesas. Além disso, a carta de admissão solicita que eu visite a universidade até abril.”

Até o momento, através de uma campanha de arrecadação online, ele conseguiu angariar pouco mais de R$ 2 mil com a ajuda de 41 apoiadores. “No entanto, minha meta é alcançar R$ 20 mil para viabilizar essa viagem”.

Assim como Gustavo, a estudante Ana Cecília Ferreira, nascida no município de Grossos também embarcou nessa luta para tentar alcançar um objetivo ainda da infância. “Eu cresci com a ideia de estudar fora, e aos 20 anos, consegui parcialmente realizar esse desejo ao ser aceita em três universidades nos Estados Unidos e escolher a Berea College, no Kentucky”, compartilha Ana Cecília.

“Mesmo sendo uma das 40 estudantes internacionais selecionadas entre mais de 1.000 inscritos para uma bolsa completa na Berea College, ainda preciso reunir fundos para os custos da viagem e estadia no exterior”, explica Ana Cecília. “Desde 2014, quando esse sonho começou, o dinheiro tem sido um obstáculo, até mesmo para aprender inglês. Comecei a estudar por conta própria aos 11 anos, pois na minha cidade não havia cursos e eu não tinha recursos para frequentar Mossoró regularmente.”

Inglês aprimorado

Ana Cecília relembra que aproveitou o período da pandemia para aprimorar seu inglês. “Após percorrer escolas estaduais e municipais em Grossos, concluí o ensino médio remotamente durante a pandemia, aproveitando para aprimorar meu inglês. Em 2021, descobri oportunidades de bolsas para graduação e comecei a me preparar. Em 2022, fui aceita na University of Kentucky com uma bolsa parcial, mas ela não cobria todos os custos. Agora, além da Berea College, fui aprovada na Stetson University com uma bolsa de 31 mil dólares por ano e novamente na University of Kentucky, sem bolsa. Pretendo estudar Negócios.”

“A pressão sobre os jovens para ingressar imediatamente na faculdade é imensa. Passei quatro anos fazendo o Enem sem a intenção de passar, mas sempre mantive meu foco nos estudos, no voluntariado e no trabalho para custear os processos de inscrição”, reflete Ana Cecília. “Agora, com três aprovações em universidades americanas, uma na Ufersa e uma no ProUni com bolsa integral, estou aliviada por iniciar minha jornada acadêmica no exterior, um sonho de infância.”

Filha de uma dona de papelaria e um eletricista aposentado, Ana Cecília começou a trabalhar aos 13 anos, ajudando na loja da mãe e depois em outros empregos. “Agora, com uma meta inicial de arrecadar R$ 11.241,96 até 1º de maio, estou buscando fundos para o depósito, passagem e visto, além dos custos de viagem para Recife”, explica. “Para os quatro anos de graduação, calculo gastar em torno de R$ 26,4 mil. Cada real faz diferença.”

VAKINHA

Para quem desejar ajudar aos jovens potiguares, pode ser através do site ou do pix individual de cada um. Gustavo Freire criou a campanha “Me ajude a chegar em Harvard” no site Vaquinhas online (vakinha.com.br) ou PIX: gustavo.italo.freire@gmail.com. E para ajudar Ana Cecília, pode ser por meio da chave Pix: anna33cecilia@gmail.com ou dados bancários: PicPay – Agência: 0001 e Conta Pagamento: 655096698.

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