“Muita dor e desespero, mas também muita gratidão por estarmos vivos e seguros“. A fala é de Vitória Lisboa, cuja residência ficou submersa na cidade de Canoas, a 20km de Porto Alegre. Ela é uma das mais de 850 mil pessoas afetadas pelas fortes chuvas que afligem o Rio Grande do Sul nos últimos dias.
Ela é casada com o administrador e potiguar José Elikson, nascido em Macaíba. O casal mora em Canoas há três anos. São pais de dois filhos. Na última sexta-feira (03), eles precisaram abandonar a própria residência, que ficou totalmente submersa devido à enchente.
Vitória conta que não acreditava que a água atingiria sua casa. “Até a sexta-feira, não acreditávamos que seríamos atingidos, pois há 80 anos a água não chegava até a região de nossa casa. Eu (mãe), evacuei com as crianças na noite da sexta, ainda no seco. O José evacuou às 3 da manhã com a água no joelho. A gente achava que a água alcançaria no máximo 30cm, mas a casa ficou submersa”.
A casa, por ter sua estrutura de madeira, precisará ser refeita quando os níveis de água baixarem, a família perdeu tudo que estava no interior da residência. Vitória revelou que saiu de casa somente com a “roupa do corpo” e poucos itens para suas filhas.
“Desde que as chuvas chegaram, é uma dor e tensão sem fim, tanto por nós, como por toda a população atingida”, definiu Vitória Lisboa após relembrar todos os momentos que vêm passando durante os últimos dias.
A família do potiguar está abrigada, de forma improvisada, na casa de parentes. “Acaba ficando apertado, a água está racionada, mas diante do cenário estamos em uma situação bastante confortável”, afirmou Vitória.
Faltam água, luz e comida
Quanto ao fornecimento de energia, água e alimentos disponíveis, ela revela que muitas áreas já começaram a faltar insumos: “Nas áreas afetadas, energia está desativada. Aqui onde estamos tem energia, mas também estamos sem água. Muitos itens de alimentação estão restritos nos mercados. Verduras e frutas mais comuns estão acabando, pão acabou”.
A ajuda entre os populares tem sido fundamental para o resgate: “A maioria dos salvamentos tem sido feita pelos civis. Uma grande corrente de solidariedade. O restante do Brasil está começando a ter noção da gravidade e está nos ajudando. Precisamos muito de ajuda externa, porque só na nossa cidade são mais de 150 mil desabrigados”, revelou Vitória.
Outra potiguar que também mora na cidade de Canoas é a ex-vereadora, Amanda Gurgel. Ela atua como professora na cidade e está prestando serviço nos abrigos, auxiliando no processo de recebimento de insumos e desabrigados, bem como a distribuição dessas pessoas nos alojamentos.
Campanha de arrecadação
Diante de toda situação de destruição das casas e de ter perdido tudo, a família iniciou nas redes sociais uma campanha de doação para auxiliar na recuperação dos itens, mas também para ajudar aos vizinhos que sofrem.
As doações podem ser feitas através da chave PIX. “Pedimos ajuda através do PIX, já que aqui todos os nossos familiares e amigos também perderam tudo. Cada real ajuda! Chave-PIX: (51) 982099658”, ressaltou Vitória.
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