A implementação de uma política de incentivos à atração de novos investimentos e manutenção de empresas e indústrias já instaladas devolveu ao Rio Grande do Norte a competitividade, especialmente entre os estados da região Nordeste. O Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Econômico do RN (Proedi) proporcionou a geração e manutenção de ao menos 113 mil empregos diretos e indiretos entre os anos de 2019 e 2022. Em quatro anos, foram 232 concessões do Proedi, com 110 novas empresas cadastradas.
O esforço para devolver competitividade ao estado envolve ações em várias áreas de gestão, da pauta fiscal à infraestrutura, e que não apenas atrai novos investidores, como permite àqueles já instalados o ambiente propício à retomada e ampliação de negócios no RN. Nesta terça-feira, 10, a Guararapes Confecções divulgou um comunicado confirmando a centralização de sua produção fabril em Natal.
Em nota, afirma que decisão faz parte do planejamento estratégico da companhia com foco em otimizar a operação fabril para intensificar eficiência, competitividade e diversificação de produtos. Mas que “o modelo de negócio integrado do grupo permanece inalterado, preservando a cadeia de fornecimento nacional”.
Para o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado, a notícia não acarreta demérito ao estado vizinho [essa operação fabril estava no Ceará], mas reflete o mérito da nova política econômica do RN. “O Rio Grande do Norte não se alegra em ver o Ceará perder empregos, mas se alegra em ganhar empregos, e isso é consequência da nova política de incentivos fiscais implementados na gestão da governadora Fátima Bezerra, que garante vantagens para as empresas se firmarem aqui. Aquela política que fez o RN perder empregos está sendo revertida e não é só na Guararapes. São várias outras empresas. É só andar pelo estado para ver quantos atacarejos surgiram nesses quatro anos; uma verdadeira indústria de carnes começa a se formar, entre vários outros setores que estão se fortalecendo. Tudo isso se deve ao Proedi”, completou o secretário.
Para o secretário de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, “é o Rio Grande do Norte ganhando disputas pela manutenção de empresas. Isso era impensável há alguns anos. O Proedi e, posteriormente, a inclusão da indústria têxtil no segmento relevante, com certeza foram fundamentais nessa escolha”.
As ações com foco na geração de oportunidade de emprego e renda também resultaram na ampliação do Pró-Sertão, um programa voltado para o fomento, criação e manutenção de oficinas de costura no interior do RN. O número de oficinas cadastradas saltou de 53 para 116 desde o início da gestão Fátima Bezerra e a expectativa para 2023, segundo Jaime Calado, é de expansão. “É esperado um aumento de demanda nesse setor porque nossos incentivos são melhores que os de qualquer outro estado, a tendência é as empresas daqui investirem mais e vir mais empresas de fora”.
O Governo do Estado está investindo na capacitação de dois mil costureiros e costureiras, em todas as regiões, para ampliar a abrangência do Pró-Sertão. A ação tem o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Instituto Federal do RN (IFRN).
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