Agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Norte se reuniram em Assembleia Geral, na manhã desta segunda-feira (7), e decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado. A categoria espera ser recebida pela governadora Fátima Bezerra para negociar sobre a situação do adicional por tempo de serviço (ADTS), haja vista que até o momento não houve avanço nas tratativas.
Uma ação judicial movida pelo Ministério Público pediu a retirada desse direito histórico dos policiais civis e, caso a Justiça acate, os servidores terão redução de salário de até 35%. Na tentativa de abrir diálogo com a governadora Fátima Bezerra, agentes se reuniram em protesto, na manhã desta terça-feira (8), no Centro Administrativo do Estado, em frente à sede da Governadoria.
Edilza Faustino, presidente do SINPOL-RN, lembra que, desde abril do ano passado, o sindicato e as outras entidades representativas tentam negociar com o Governo. No entanto, somente em janeiro deste ano, após uma paralisação da categoria, a mesa de negociação foi aberta.
“Mesmo assim, o Comitê Gestor afirmou que não tinha conhecimento da proposta que as entidades protocolaram ano passado. O Governo apresentou outras duas propostas diferentes que foram rejeitadas pelos policiais civis por representarem perda real de salário e de direitos”, comenta Edilza Faustino.
A presidente do SINPOL-RN explica que diante do não avanço das negociações e da proximidade de julgamento da ação que retira o ADTS, os policiais civis decidiram paralisar as atividades.
“A categoria quer a presença da governadora Fátima Bezerra na mesa de negociação, para que ela possa entender a gravidade da situação e dizer se vai atender ou não o pleito dos policiais civis”, finaliza.
Ainda nesta segunda-feira (7), os delegados de Polícia Civil decidiram, por meio de Assembleia, decidiram por maioria de votos, aderir à paralisação da categoria, que cobra um acordo sobre a situação do adicional por tempo de serviço (ADTS).
Em nota, a Adepol diz que tenta negociar, junto com outras entidades de classe, desde abril de 2021, mas que sem sucesso. Os delegados têm nova reunião agendada com o governo na tarde desta terça-feira (8). Após o encontro, eles se reunirão em nova assembleia para deliberar novamente sobre os rumos do movimento.
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