Quando foi descoberto, o corpo da vítima já estava em avançado estado de decomposição. O empresário não era visto desde o dia 17, quando recebeu da namorada um brigadeirão. A suspeita é de que o doce estava adulterado
Publicado 31 de maio de 2024 às 15:00
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga desde o último dia 20 o assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 45 anos. Ele teria morrido após comer um brigadeirão envenenado dado pela namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, principal suspeita da morte do empresário.
Quando foi descoberto, no apartamento onde morava, no bairro do Engenho Novo (zona norte carioca), o corpo da vítima já estava em avançado estado de decomposição. O empresário não era visto desde o dia 17, quando recebeu da namorada um brigadeirão. A suspeita é de que o doce estava adulterado. A mulher, que agora é considerada foragida da Justiça, chegou a prestar depoimento à polícia alegando que não tinha conhecimento da morte de Ormond.
Imagens de câmeras de segurança mostram, no entanto, que ela esteve no apartamento em mais de uma ocasião quando o homem já estava morto. Antes de desaparecer, ela voltou ao condomínio para buscar o cartão de uma conta conjunta com o namorado, entregue por correspondência.
Além disso, segundo a Polícia Civil fluminense, a namorada contou com a ajuda de uma comparsa para dar fim aos bens da vítima, incluindo o carro dele, vendido por R$ 75 mil. A mulher suspeita de envolvimento no crime foi presa na quarta-feira (29). A polícia chegou até ela depois de localizar o veículo em Cabo Frio com um receptador.
O homem, que carregava também o computador e o celular de Luiz Marcelo, foi preso em flagrante. À polícia, a mulher, que trabalha como cigana, confessou ter ajudado a suspeita a se desfazer dos pertences da vítima, e disse que a autora teria uma dívida de R$ 600 mil com ela.
Ela também disse que a autora permaneceu no apartamento após a morte do namorado – informação confirmada por imagens de câmeras de segurança. Em mensagens de texto, se queixava à comparsa sobre o cheiro forte exalado pelo cadáver em decomposição. Júlia Cathermol também teria se passado pelo empresário em trocas de mensagens pelo celular dele com outras pessoas.
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