Polícia Civil ganha mais de 300 policiais formados após concurso público – Foto: Vivi Nobre
Na última segunda-feira (5) aconteceu, no Centro de Convenções de Natal, a formatura de 363 novos policiais civis que integrarão a força de segurança do Rio Grande do Norte. Do total de PCs formados, 279 são agentes, 45 delegados e 39 escrivães.
São investigadores, delegados e escrivães aprovados no concurso para a Polícia Civil, realizado no ano passado com a participação de mais de 61 mil inscritos, e que concluíram o curso de formação em agosto de 2022. Agora, a expectativa é pela nomeação, que deve acontecer até o final de outubro. Em novembro, os novos agentes serão empossados.
Para a delegada-geral da Instituição, Ana Cláudia Saraiva, os três meses de formação com certeza ficarão para sempre na memória de todos os que participaram desse período: “tão especial, onde laços de amizade se constituíram a partir do espírito de apoio fraternidade e comunhão de objetivos comuns, laços que esperamos se fortaleçam durante a vida profissional de vocês, pois conforme tantas vezes dito, o trabalho policial é essencialmente um trabalho em equipe, não há sucesso isolado. A eficiência e os bons resultados dependem sempre da união de esforços daqueles que abraçam a missão de servir à sociedade e através do seu trabalho contribuir para um mundo melhor”, ressaltou.
Antes desse, o último concurso para a Polícia Civil do Rio Grande do Norte foi em 2008, e o anterior, 15 anos antes. Para o recém-formado, Felipe Costa, a entrada na instituição representou uma conquista que nem sempre almejou, mas idealizava em sua adolescência.
“Não sou daquelas pessoas que desde sempre quer ser da polícia. Mas desde a adolescência gostava de ver séries policiais e ler livros com narrativas sobre o tema, então a ideia de ser policial foi amadurecendo aos poucos. Há uns três anos veio um ‘boom’ de concursos policiais pelo País, entre eles o da PCRN. Vi uma oportunidade de entrar pro serviço público e pra algo que me identificava: ser policial”, disse Felipe ao NOVO Notícias.
Anunciado em janeiro de 2020, o concurso previa o começo do curso de formação em agosto – para que os profissionais já fossem contratados no início de 2021. No entanto, por conta da pandemia do coronavírus, segundo o governo, o processo ficou meses parado.
Segundo o Secretário de Segurança Pública, coronel Araújo, a conclusão deste curso é um feito de grande importância para a segurança pública do Rio Grande do Norte, pela possibilidade de oxigenar os quadros da polícia judiciária estadual, ofertando maior aporte aos trabalhos de repressão qualificada do delito, missão principal da Polícia Civil.
Sobre o CFP
Foram abordados temas como ética e direitos humanos, investigação de crimes patrimoniais e de homicídios, combate ao crime organizado, planejamento operacional e estratégico, comunicação social, técnicas de entrevista e interrogatório, defesa pessoal, abordagem e tiro. A maior parte dos instrutores foi composta por policiais civis, mas o Curso de Formação Profissional (CFP) também contou com aulas ministradas por policiais militares, federais e penais, assim como por servidores do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) e profissionais de outros órgãos públicos.
As aulas foram desenvolvidas no Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN), na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no Centro Estadual de Educação Profissional Lourdinha Guerra, no Centro de Atenção Integrada à Criança (CAIC) e em um ginásio localizado no bairro Cidade da Esperança.
