Polícia

PMs matam homem após confundir madeira com fuzil no Rio de Janeiro

A vítima, que tinha 51 anos e sofria de problemas mentais, morreu no local. Moradores da favela fizeram protestos contra a ação da polícia

por: NOVO Notícias

Publicado 6 de janeiro de 2023 às 09:23

Dierson Ges da Silva

Dierson Ges da Silva, morto pela Polícia do RJ – Foto: Reprodução/Redes Sociais

Policiais militares que participavam de uma operação policial em Cidade de Deus, comunidade da zona oeste do Rio de Janeiro, mataram a tiros um catador de recicláveis que levava um pedaço de madeira pendurado em uma bandoleira (suporte para apoiar o objeto no ombro). O crime ocorreu na manhã desta quinta, 5.

De acordo com a Polícia Militar, os agentes confundiram o objeto carregado pelo homem com um fuzil e abriram fogo contra o catador. A vítima, que tinha 51 anos e sofria de problemas mentais, morreu no local. Moradores da favela fizeram protestos contra a ação da polícia.

A operação era feita pelo 18.º Batalhão (Jacarepaguá), com o apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Ações com Cães (BAC). O objetivo da ação era prender suspeitos de praticar roubos na região, apreender armas de fogo e recuperar veículos roubados. Segundo a Polícia Militar do Rio, durante a operação os policiais foram atacados a tiros em diversos pontos da comunidade.

Abordagem

Dois homens foram presos com quatro radiocomunicadores e diversos carregadores de bateria. Em outra abordagem, informou a polícia, foi descoberto e apreendido um fuzil calibre 5,56.

De acordo com PMs do 18.º Batalhão, uma equipe da unidade se deslocava pela localidade conhecida como Pantanal quando se deparou com um homem conduzindo o que aparentava ser um fuzil no ombro. Os agentes abateram o homem a tiros. A área foi isolada. A Delegacia de Homicídios da capital foi acionada para a perícia

Segundo informações da PM, o comando da corporação já instaurou um procedimento interno para averiguar as circunstâncias do assassinato do catador de materiais recicláveis. A polícia informou que colabora integralmente com as investigações da Polícia Civil.

“Os policiais serão identificados, e as armas apresentadas à perícia”, afirma nota divulgada pela PM.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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