O avanço de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023 fez a atividade econômica subir a patamar recorde dentro da série histórica iniciada em 1996 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Publicado 4 de junho de 2024 às 16:30
O PIB totalizou R$ 2,7 trilhões no primeiro trimestre de 2024, sendo R$ 2,4 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No mesmo período, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023.
O avanço de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023 fez a atividade econômica subir a patamar recorde dentro da série histórica iniciada em 1996 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pelo lado da demanda, o desempenho foi impulsionado pelo consumo das famílias, que também alcançou novo ápice no primeiro trimestre de 2024.
O consumo do governo, apesar da estabilidade ante o trimestre anterior, também operava no maior nível da série.
Em relação ao 1º trimestre de 2023, o PIB avançou 2,5%. A Indústria (2,8%) e os Serviços (3,0%) avançaram no período, enquanto a Agropecuária (-3,0%) recuou.
Dentre os países que compõem o G20 e que já divulgaram o resultado do PIB do período, o Brasil ocupou a 5ª colocação na margem, a 8ª colocação na comparação interanual e a 7ª melhor posição no acumulado em quatro trimestres. Turquia (2,4%), China (1,6%), Arábia Saudita (1,3%) e Coreia do Sul (1,3%) lideram o ranking na margem, com ajuste sazonal.
Na variação interanual, o Brasil está atrás da Índia (7,8%), Turquia (5,7%), Rússia (5,4%), China (+5,3%), Indonésia (5,1%), Coreia do Sul (3,4%) e Estados Unidos (2,9%). Enquanto no ranking dos países do G20 na base de comparação da variação percentual acumulada em quatro trimestres, o país está atrás da China (5,4%), Rússia (5,3%), Turquia (5,3%), Indonésia (5,1%), Estados Unidos (2,8%) e México (2,8%).
O Brasil passou a Itália e se tornou a 8ª maior economia do mundo, depois de crescer 2,5% na comparação anual do primeiro trimestre. O crescimento não vem do nada: é fruto do diálogo e das reformas que o presidente @LulaOficial está liderando, despertando confiança em nossos… pic.twitter.com/AVX0p7AexJ
— Geraldo Alckmin 🇧🇷 (@geraldoalckmin) June 4, 2024
O PIB apresentou crescimento de 0,8% na comparação do primeiro trimestre de 2024 contra o quarto trimestre de 2023, na série com ajuste sazonal. Pela ótica da produção, destaca-se o crescimento dos Serviços (1,4%). Também houve alta na Agropecuária (11,3%) ao passo que a Indústria (-0,1%) se manteve estável.
Dentre as atividades industriais, houve queda nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,6%), Construção (-0,5%) e Indústrias Extrativas (-0,4%). Já a Indústria de Transformação (0,7%) teve desempenho positivo.
Nas atividades de Serviços houve crescimento em Comércio (3,0%), Informação e comunicação (2,1%), Outras atividades de serviços (1,6%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Transporte, armazenagem e correio (0,5%). Por outro lado, houve estabilidade nas atividades de Intermediação financeira e seguros (0,0%) e Administração, saúde e educação pública (-0,1%).
Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias (1,5%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (4,1%) se expandiram, enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,0%) registrou estabilidade.
Quanto ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 0,2% ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 6,5%.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 2,5% no primeiro trimestre de 2024. O Valor Adicionado a preços básicos subiu 2,3% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 3,4%.
Entre as atividades, a Agropecuária recuou 3,0% em relação a igual período do ano anterior. Apesar da contribuição positiva da Pecuária, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), alguns produtos agrícolas, cujas safras são significativas no primeiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade: soja (-2,4%), milho (-11,7%), fumo (-9,6%), e mandioca (-2,2%).
A Indústria cresceu 2,8%. As Indústrias Extrativas (5,9%) registraram o melhor resultado, sendo afetadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro. Houve destaque também na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,6%), com destaque para o consumo residencial.
A Construção (2,1%), por sua vez, teve a segunda alta consecutiva corroborada pelo aumento da ocupação na atividade e da produção dos insumos típicos. A Indústria de Transformação (1,5%) teve o menor crescimento nessa comparação, puxada pela alta na fabricação de coque e produtos derivados de petróleo e biocombustíveis; produtos alimentícios e bebidas.
O PIB avançou no primeiro trimestre desse ano puxado por maior consumo das famílias e serviços. E outra boa notícia é que, segundo a previsão do FMI, o Brasil subirá mais uma posição chegando a 8º PIB mundial. Mais uma prova de que estamos no rumo certo. https://t.co/zRIwhCQKC4 pic.twitter.com/aj1XKLc5AW
— Lula (@LulaOficial) June 4, 2024
O setor de Serviços cresceu 3,0% ante o mesmo período de 2023, com altas em todas as suas atividades: Outras atividades de serviços (4,7%), Informação e comunicação (4,6%), Atividades Imobiliárias (3,9%), Comércio (3,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,4%).
No primeiro trimestre de 2024, tanto a Despesa de Consumo das Famílias (4,4%) quanto a Despesa de Consumo do Governo (2,6%) tiveram alta ante o primeiro trimestre de 2023.
A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 2,7% no primeiro trimestre de 2024, apresentando alta após três quedas consecutivas. O crescimento das importações de bens de capital, o desempenho positivo da construção e o aumento do desenvolvimento de sistemas suplantaram a queda na produção interna de bens de capital.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 6,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 10,2% no primeiro trimestre de 2024.
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024 apresentou crescimento de 2,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 2,6% do Valor Adicionado a preços básicos e de 2,0% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (6,4%), Indústria (1,9%) e Serviços (2,3%).
Dentre as atividades industriais, as Indústrias Extrativas (8,2%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (5,9%) apresentaram crescimento, enquanto a Construção (-0,3%) e a Indústria da Transformação (-0,6%) recuaram.
Nos Serviços, houve resultados positivos em todas as atividades: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,7%), Atividades imobiliárias (3,2%), Outras atividades de serviços (2,7%), Informação e comunicação (2,3%), Transporte, armazenagem e correio (1,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%) e Comércio (1,0%).
Na análise da demanda, houve altas na Despesa de Consumo das Famílias (3,2%) e na Despesa de Consumo do Governo (2,1%), e queda na Formação Bruta de Capital Fixo (-2,7%).
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 9,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram elevação de 0,8%.
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