Prisão ocorreu em Copacabana, no Rio de Janeiro, no âmbito do chamado “inquérito do golpe”, que investiga ações para obstruir a Justiça e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito
Publicado 14 de dezembro de 2024 às 08:14
A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (14) o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022. A prisão ocorreu em Copacabana, no Rio de Janeiro, no âmbito do chamado “inquérito do golpe”, que investiga ações para obstruir a Justiça e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito.
Braga Netto será encaminhado ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército. A Polícia Federal informou que, além do mandado de prisão preventiva, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar contra investigados que estariam interferindo na produção de provas durante a instrução processual penal.
De acordo com nota oficial da PF, as ações visam “evitar a reiteração das ações ilícitas” e fazem parte da investigação que também indiciou Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas por planejamento de golpe de Estado. Entre os indiciados estão ex-ministros, militares da ativa e da reserva, e ex-assessores do governo Bolsonaro.
A investigação da PF atribui a Braga Netto a liderança de um grupo que teria planejado uma intervenção militar em 2022. O general é acusado de aprovar e financiar um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O relatório também aponta a atuação direta de Jair Bolsonaro no planejamento das ações golpistas. O documento, que teve sigilo derrubado pelo ministro Alexandre de Moraes, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável por avaliar as provas e decidir sobre eventual denúncia dos envolvidos.
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