A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (7), a Operação Coração Rompido, destinada a apurar os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e dispensa indevida de licitação na prefeitura de Canguaretama.
Cerca de 40 policiais federais estão cumprindo dez mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal, nas cidades de Natal, Parnamirim, São Gonçalo e Jucurutu. De acordo com testemunhas, um dos mandados cumpridos em Natal foi no apartamento do ex-prefeito de Canguaretama, Wellison Ribeiro. Ele seria alvo da operação e não foi encontrado no imóvel.
A ação, de acordo com a PF, é realizada no interesse de um inquérito policial instaurado no ano de 2022, por meio do qual se detectou montagem do processo de contratação de empresa para prestação de serviços de plantonistas no combate a covid-19, pela prefeitura de Canguaretama, no montante de R$ 640 mil, com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). A investigação comprovou, além da irregularidade na contratação, o pagamento de vantagem indevida ao então prefeito de Canguaretama, o que se deu por intermédio de terceiros.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, por corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica, dispensa indevida de licitação e lavagem de dinheiro e, se condenados, poderão cumprir penas superiores a 9 anos de reclusão.
Sobre o nome da operação, trata-se de referência à versão (não comprovada) de Santo Agostinho acerca da origem do termo corrupção, que seria a junção de cor (coração) a ruptus (rompido).
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