PF conseguiu prender filha de professora da UFRN após alerta da Receita Federal. Foto: Polícia Federal

PF conseguiu prender filha de professora da UFRN após alerta da Receita Federal. Foto: Polícia Federal

Cotidiano

Estelionato PF desarticula fraude de mais de R$ 1 milhão cometida por filha de professora falecida da UFRN

Por meio de documentos falsos, mulher presa nesta sexta-feira conseguiu receber por três anos a aposentadoria de sua mãe e uma pensão pela morte do marido da professora

por: NOVO Notícias

Publicado 8 de novembro de 2024 às 16:06

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (8), a Operação Centenária, que investiga o recebimento indevido de aposentadoria e pensão por morte por parte da filha de uma professora falecida da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A fraude envolveu a falsificação de documentos para desvio de recursos públicos e vinha sendo praticada há três anos. A mãe da suspeita morreu em 2021 e ela — para seguir recebendo os benefícios — falsificou documentos.

Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido pela 2ª Vara da Justiça Federal/RN em um endereço residencial do bairro Tirol, zona Leste de Natal. A investigação teve início após um alerta da Receita Federal, que identificou o uso de um documento de identidade falso utilizado para reduzir a idade de uma viúva de um ex-servidor da instituição, hoje falecida, de 100 para 62 anos.

A PF, ao aprofundar as análises, descobriu que a falsificação foi realizada pela filha da mulher, que utilizou uma foto sua (selfie) junto com o documento adulterado para alterar os dados cadastrais de CPF da mãe e continuar recebendo os benefícios após seu falecimento, ocorrido em setembro de 2021.

A motivação da fraude foi a continuidade do recebimento de dois benefícios indevidos. O primeiro, de uma aposentadoria de professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no valor mensal de R$ 4.952,00. Já o segundo benefício era uma pensão por morte, proveniente do ex-servidor da Receita Federal, que pagava mensalmente cerca de R$ 26 mil.

A Polícia Federal estima que a fraude tenha causado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. A pessoa investigada responderá pelos crimes de estelionato qualificado, falsificação de documento público e uso de documento falso. As penas máximas em cada caso podem chegar a seis anos de reclusão e multa.

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