A Polícia Federal está cumprindo, na manhã desta terça-feira (18), uma operação para investigar envolvidos nos atos extremistas do dia 8 de janeiro, quando os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, foram invadidos e atacados. Ao todo, serão cumpridos 16 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão expedidos pelo STF no Distrito Federal e em sete estados: Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Os investigados são suspeitos de participar, financiar, omitir ou fomentar os atos antidemocráticos.
De acordo com a PF, os alvos da operação são investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Essa é a 10ª fase da Operação Lesa Pátria, e acontece um dia após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ter votado para tornar 100 pessoas denunciadas pela Procuradoria-Geral da República rés pela participação nos atos contra as sedes dos Três Poderes. O julgamento das denúncias acontece no plenário virtual da Corte e começou a meia noite desta terça. A sessão tem previsão para terminar na próxima segunda (24).
Por ser o relator dos inquéritos envolvendo os ataques antidemocráticos, Moraes foi o primeiro a votar. Caso a maioria dos dez ministros adote o mesmo entendimento que ele, as ações penais serão abertas e os denunciados vão virar réus.
Conforme levantamento dos presos, dos 1,4 mil pessoas que foram detidas no dia dos ataques, 294 (86 mulheres e 208 homens) permanecem no sistema penitenciário do Distrito Federal. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.
A PF vem realizando operações em todo o país desde o dia 20 de janeiro, com o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram a invasão e depredação dos prédios em Brasília.
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