Operação da Polícia Federal no RN apreendeu dinheiro, celulares e um computador. Foto: PF

Operação da Polícia Federal no RN apreendeu dinheiro, celulares e um computador. Foto: PF

Cotidiano

Papel PF combate fraude em licitações e desvio de recursos do FUNDEB no RN

De acordo com as apurações, foram adquiridas mais de 1.000 resmas de papel, as quais não foram encontradas posteriormente nem nas repartições públicas, nem nas escolas do município

por: NOVO Notícias, com informações da Polícia Federal

Publicado 11 de outubro de 2024 às 10:33

A Polícia Federal (PF) no RN deflagrou, na manhã desta sexta-feira (11), a Operação Papyrus que visa combater o desvio de recursos do FUNDEB e fraudes em licitação para compra de material de expediente. A ação é realizada nas cidades de Natal e Lagoa de Pedras/RN.

Os policiais estão cumprindo quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela 14ª Vara Federal/RN. A investigação busca esclarecer se os suspeitos usavam a compra de materiais como fachada para desviar recursos públicos.

De acordo com as apurações da Polícia Federal no RN, foram adquiridas mais de 1.000 resmas de papel, as quais não foram encontradas posteriormente nem nas repartições públicas, nem nas escolas do município.

A quantidade comprada foi considerada excessiva, especialmente para o consumo da Secretaria de Educação, que atende a uma população de aproximadamente 7.338 pessoas (dados de 2022) e está entre os últimos colocados no Ranking do IDEB no estado do Rio Grande do Norte.

Paralelamente, é investigada uma licitação realizada por outro município do RN, desta vez para a aquisição de materiais de limpeza. O contrato, no valor de R$ 510 mil, foi firmado com a mesma empresa, que não possui funcionários registrados.

Os delitos em apuração envolvem crime de responsabilidade dos prefeitos (art. 1, Inciso I, do Decreto Lei nº 201/67), associação criminosa e fraude à licitação. Se condenados, as penas previstas para os investigados somam mais de 23 anos de prisão.

O nome da operação da Polícia Federal no RN faz referência direta ao objeto social da empresa investigada: a papelaria. O nome alude ao papiro, a planta ancestral da escrita, que dá origem à palavra ‘papel’.

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