A Petrobras encaminhou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) pedido de licenciamento ambiental em três áreas no litoral do Rio Grande do Norte para a instalação de usinas eólicas offshore. Os locais pretendidos, que ficam entre os municípios de Touros e Caiçara do Norte, têm capacidade estimada de produzir 4,6 Gigawatts (GW).
Os estudos fazem parte do projeto da Petrobras para ampliar a operação no setor de energias renováveis em todo o país. Além das três áreas no Rio Grande do Norte, outros sete trechos da costa brasileira também serão explorados pela companhia. A expectativa é de que o conjunto de parques offshore possam gerar até 23 GW. Segundo a estatal, o tempo necessário para a efetivação dos projetos é de cinco até oito anos.
Os pontos analisados pela Petrobras já foram mapeados pelo Instituto Senai Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER). A instituição apontou que aproximadamente 59,7 quilômetros do litoral potiguar, entre os municípios de Touros e Caiçara do Norte, tem plena capacidade para implantação de cabos submarinos e linhas de transmissão para levar a energia. As rotas identificadas seriam capazes de viabilizar o escoamento de mais de 38 Gigawatts (GW).
“Estamos preparando a empresa para se tornar a maior desenvolvedora de projetos de energia eólica do Brasil. Somos a empresa que mais detém conhecimento do ambiente offshore brasileiro e temos tradição em operações marítimas que podem trazer sinergias relevantes aos projetos de eólica offshore”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Além dos parques apresentados pela Petrobras, o Rio Grande do Norte tem outros dez projetos inscritos por empreendedores diversos junto ao Ibama para a produção de energia offshore. Atualmente, apenas com parques eólicos em terra (onshore), o estado é líder nacional em potência instalada com 261 usinas eólicas em operação, totalizando 8,4 Gigawatts de potência instalada.
Aliado ao licenciamento solicitado ao Ibama, os empreendedores também aguardam que a regulação do sistema de energia eólica offshore seja aprovado pelo Congresso Nacional. As regras darão segurança jurídica e diretrizes claras para a instalação dos equipamentos na costa brasileira. No início do mês, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a expectativa é que as regras estejam em vigor até dezembro.
A Petrobras também confirmou que vai intensificar as campanhas de medição eólica em algumas locações no mar brasileiro, fundamentais para a avaliação da viabilidade técnica de futuras instalações de energia eólica offshore. As primeiras análises serão feitas em plataformas localizadas em águas rasas no litoral do Rio Grande do Norte, Ceará e Espírito Santo.
Segundo Rodrigo Mello, diretor do Senai-RN e do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis, a instituição potiguar vai liderar a campanha de medição de recurso eólicos do offshore brasileiro. O objetivo é analisar as condições de vento e mar para embasar a construção de usinas.
“O importante é a amplitude e o impacto que esses estudos trarão para a qualidade dos dados do nosso recurso eólico do Litoral Brasileiro”, explicou.
O projeto de levantamento do recurso eólico já está em andamento, com a instalação dos primeiros equipamentos em plataformas no litoral do Rio Grande do Norte.
Para realizar o trabalho de medição na costa, o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis conta com uma equipe multidisciplinar. A equipe inclui profissionais com uma variedade de especializações, desde mecânicos responsáveis pela instalação de estações meteorológicas até engenheiros especializados em análise de dados. “Essa diversidade de talentos é fundamental para garantir o sucesso do projeto”, ressalta Mello.
O Instituto Senai atua com a medição da energia eólica offshore desde 2013. O trabalho feito em parceria com a Petrobras deve ganhar maior fôlego agora com o licenciamento das áreas propícias para usinas.
Além disso, os técnicos potiguares estão desenvolvendo um novo sistema de análise. O equipamento batizado de Bravo (Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore) passou por quatro meses de testes. A tecnologia tem maior capacidade para medir velocidade e direção dos ventos, variáveis meteorológicas, como pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa, além de variáveis oceanográficas, a exemplo de ondas e correntes marítimas.
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