Economia

Petrobras conclui perfuração do primeiro poço na Margem Equatorial, no RN

A petroleira informou a perfuração bem-sucedida do poço Pitu Oeste nesta sexta-feira; o próximo passo é iniciar a segunda perfuração, no poço Anhangá, localizado a 79 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte

por: NOVO Notícias

Publicado 27 de janeiro de 2024 às 14:40

Navio-sonda utilizado na perfuração do poço exploratório na Margem Equatorial, no litoral potiguar – Foto: Acervo/Petrobras

A Petrobras anunciou oficialmente nesta sexta-feira (26) a conclusão bem-sucedida da perfuração do poço exploratório de Pitu Oeste, localizado no litoral do Rio Grande do Norte, na Margem Equatorial. Iniciados há pouco mais de um mês, os trabalhos resultaram na identificação da presença de hidrocarboneto, informação prontamente comunicada à Agência Nacional de Petróleo (ANP). Agora, a empresa está focada na avaliação da viabilidade econômica do produto descoberto.

Este poço faz parte da concessão BM-POT-17, situando-se em águas profundas a 52 km da costa do estado potiguar. A estatal assegura que a perfuração foi realizada com segurança, seguindo protocolos rigorosos de operação em águas profundas. Em comunicado, a Petrobras destacou o respeito à população e ao meio ambiente local durante o processo.

O próximo passo da Petrobras está programado para fevereiro, quando iniciará a segunda perfuração no poço Anhangá, pertencente à concessão POT-M-762. Este poço encontra-se a 79 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte, nas proximidades do poço Pitu Oeste. Estão planejados estudos complementares para coletar informações geológicas, avaliar o potencial dos reservatórios e planejar as próximas atividades exploratórias.

A região da Margem Equatorial, que se estende do litoral do Rio Grande do Norte ao Amapá, englobando as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, é considerada estratégica pelo setor de óleo e gás.

Investimentos e Desafios Ambientais

No Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras prevê um investimento significativo de US$ 3,1 bilhões em pesquisas na Margem Equatorial, com a expectativa de perfurar 16 poços ao longo de quatro anos. Contudo, a exploração das reservas, especialmente nas proximidades da foz do Rio Amazonas, enfrenta críticas de grupos ambientalistas devido ao potencial risco de impactos à biodiversidade.

Os trabalhos na Bacia Potiguar contam com a aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As licenças de operação para a perfuração dos poços de Pitu Oeste e Anhangá foram obtidas em outubro de 2023, sinalizando o compromisso da Petrobras com a conformidade regulatória e ambiental.

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