Além disso, cobram empenho para a chegada de novas doses de imunizantes para que todos potiguares adultos estejam vacinados até setembro deste ano
Publicado 11 de junho de 2021 às 15:03
Vacina contra Covid-19 – Foto: Joana Lima/Secom
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) divulgaram nesta sexta-feira (11) recomendações acerca da aplicação de vacinas contra a Covid-19 nos potiguares. Entre outras coisa, os cientistas defendem que o governo estadual peça ao Ministério da Saúde autorização para que crianças a partir dos 12 sejam incluídas no Plano Nacional de Imunização. Além disso, cobram empenho para a chegada de novas doses de imunizantes para que toda a população adulta esteja vacinados até setembro deste ano.
Segundo o documento do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), que monitora a situação da pandemia no estado em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), mesmo com o aumento nos pedidos de leitos para o tratamento da covid-19 durante as duas últimas semanas de maio, o Rio Grande do Norte começa a demonstrar uma reação quanto a pandemia do coronavírus.
De acordo com os especialistas, esta reação se deve ao fato de o estado ter avançado na imunização dos grupos prioritários, principalmente, idosos acima de 60 anos. Os pesquisadores apontam que o Rio Grande do Norte já aplicou a primeira dose das vacinas contra covid-19 em mais de 796 mil pessoas. Isso significa que, aproximadamente, 80% da população prevista para o público-alvo até a fase 3 está parcialmente imunizada.
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Ao considerar os indivíduos completamente imunizados, o sistema RN Mais Vacina contabiliza atualmente mais de 400 mil indivíduos com o esquema vacinal completo (2 doses), o que representa mais de 35% da população-alvo prevista durante a fase 3.
O documento traz, também, a lista dos municípios que mais solicitaram internações pela covid-19 no período entre os dias 1 e 9 de junho. De acordo com o diretor executivo do LAIS, professor Ricardo Valentim, esses dados são fundamentais na tomada de decisão quanto às medidas restritivas necessárias a serem adotadas pelas gestões municipais.
Valentim ressalta também que quando são observados os dados acumulados durante toda a pandemia, a respeito dos pedidos por internações (solicitações por 1.000 habitantes) em leitos covid-19 por município do RN, observa-se que o município de Pau dos Ferros é o responsável pelo maior número de solicitações para internar pacientes com covid-19. “Portanto, a situação de Pau dos Ferros deve ser observada com bastante atenção”, reforça ele.
Entre as quatro recomendações feitas no relatório, os pesquisadores reforçam a necessidade de expandir a imunização da população, incluindo crianças a partir dos 12 anos e o planejamento para a retomada das atividades econômicas no Rio Grande do Norte, sempre avaliando com base em novas matrizes de risco. O ideal, segundo o Lais, é que a Imunização desta população seja iniciada ainda em 2021, assim como está ocorrendo em outros países mais avançados na imunização.
Além disso, o Governo do RN e os gestores municipais devem restringir as aglomerações nas festas juninas, para que não seja registrado um novo aumento de casos como foi visto depois da semana do dia das mães (a taxa de transmissibilidade aumentou no RN, somente nesta semana, mais de 20%).
[1] Planejar a retomada das atividades econômicas, considerando a população imunizada e a população que testou positivo para covid-19. É necessário avaliar com base em uma nova matriz de risco.
[2] Cobrar do Governo Federal mais doses de imunizantes para covid-19 a fim de que o RN possa, até setembro de 2021, vacinar toda a população maior de 18 anos. Esta deve ser uma meta do Governo do RN.
[3] O governo do estado deve atuar para autorização do processo de imunização de crianças com 12 anos e mais junto aos órgãos reguladores. O ideal é que a imunização desta população seja iniciada ainda em 2021, assim como está ocorrendo em outros países mais avançados na imunização.
[4] O Governo do RN e os gestores municipais devem restringir as aglomerações nas festas juninas, para que não seja registrado um novo aumento de casos como foi visto depois da semana do dia das mães (a taxa de transmissibilidade aumentou no RN, somente nesta semana, mais de 20%).
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