Uma pesquisa revela aumento na incidência de crianças que nascem com Transtorno do Espectro Autista nos últimos anos. O CDC (Center of Diseases Control and Prevention), órgão de saúde ligado ao governo dos Estados Unidos, apresentou em dezembro de 2021 os seguintes dados: uma criança a cada 44 nascidas tem o TEA (Transtorno do Espectro Autista). A estimativa entre 2000-2002 era de uma em cada 150 crianças.
Diante desse cenário surge o questionamento: qual o motivo para o aumento dos casos? De acordo com Daniel Salustiano, administrador do setor de Análise do Comportamento Aplicada (ABA) da CLIAP – centro terapêutico e pedagógico referência no tratamento de crianças e adolescentes com transtornos de desenvolvimento em Natal, a principal razão para o crescimento é a ampliação do acesso a profissionais especializados, como também o aprofundamento dos critérios diagnósticos.
“Cada vez mais a população e os profissionais de saúde têm acesso a informações sobre o transtorno, facilitando assim a mais adequada abordagem às suspeitas do transtorno. A sociedade científica também tem se dedicado a estudar o assunto e disponibilizado uma maior quantidade de estudos científicos na área. Dessa forma, mais comportamentos foram adicionados ao conjunto parte do TEA. Não apenas casos de autismo severo/nível 3 e moderados/nível 2, mas também os leves/nível 1, que também precisam de seus cuidados”, explica Salustiano.
O profissional reconhece que a ocorrência de crianças com TEA aumentou e tem uma tendência de continuar crescendo, visto que tem se compreendido melhor este transtorno. “Deste ângulo, podemos considerar o crescimento benéfico, pois mais crianças recebem o diagnóstico e podem ter o tratamento adequado desde cedo, possibilitando um melhor desenvolvimento na aprendizagem e mais qualidade de vida”, destaca. Está comprovado que crianças estimuladas através de intervenções terapêuticas antes dos dois anos têm melhores resultados.
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