Morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos de idade, o ex-jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. O “Rei do Futebol” estava internado desde 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a problemas respiratórios e complicações de um tumor no cólon.
Pelé deixa a esposa, Márcia Aoki, e seis filhos: Kely, Edinho e Jennifer, frutos do primeiro casamento do “rei”, com Rosemeri dos Reis Cholbi; Flávia, nascida de um caso extraconjugal com Lenita Kurtz; e os gêmeos Joshua e Celeste, do matrimônio com a cantora Assíria Nascimento.
O ex-craque ainda teve uma sétima filha, Sandra Regina, fruto de uma relação extraconjugal com a empregada doméstica Anisia Machado. Sandra só obteve o reconhecimento da paternidade na Justiça, após um exame de DNA, mas morreu de câncer em 2006, sem contato com o pai.
Edson Arantes do Nascimento nasceu no dia 23 de outubro de 1940, na cidade de Três Corações, em Minas Gerais, e ficou conhecido mundialmente como o maior jogador de futebol de todos os tempos.
Pelé começou sua vitoriosa carreira na equipe juvenil do Bauru Atlético Clube e, em 1956, apadrinhado por Waldemar de Britto, estreou pelo Santos, onde alcançaria o estrelato global. Durante quase duas décadas no alvinegro praiano, Pelé marcou mais de mil gols e conquistou dezenas de títulos, incluindo seis Campeonatos Brasileiros (sendo cinco deles consecutivos, entre 1961 e 1965), duas Copas Libertadores e duas Copas Intercontinentais, contra Benfica (1962) e Milan (1963), além de 10 Campeonatos Paulistas.
Um ano depois de estrear pelo Santos, em 1957, Pelé foi convocado pela primeira vez para defender a seleção brasileira e levou o país ao título da Copa Roca. Pela seleção, ele ganhou sua primeira Copa do Mundo em 1958, na Suécia, com três gols na semifinal contra a França e mais dois na decisão contra os donos da casa, ainda aos 17 anos.
Na campanha do bicampeonato mundial, em 1962, Pelé se machucou na segunda partida e não participou dos quatro jogos restantes. No entanto, em 1970, liderou o esquadrão brasileiro no México – para muitos, o melhor time de todos os tempos – até o tri conquistado na acachapante vitória de 4 a 1 sobre a Itália.
Já no fim da carreira, entre 1975 e 1977, Pelé defendeu o New York Cosmos, em um projeto para popularizar o futebol nos Estados Unidos.
Graças a seus feitos dentro de campo, o ex-jogador foi eleito como atleta do século 20 pelo jornal francês L’Équipe e recebeu o apelido de “Rei do Futebol”.
Após pendurar as chuteiras, Pelé publicou autobiografias, estrelou documentários, compôs músicas e foi nomeado embaixador da Boa Vontade da Unesco. Também foi ministro do Esporte no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso.
Sua saúde começou a ficar mais debilitada entre 2017 e 2018, devido a problemas no quadril que o forçaram a usar cadeira de rodas. Pelé também lutava desde setembro de 2021 contra um tumor no cólon, com recorrentes internações para tratamento.
Seu quadro se agravou nas últimas semanas, em meio à Copa do Mundo do Catar, que foi palco de diversas homenagens ao maior de todos os tempos.
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