O presidente estadual da sigla comunista no RN, Divanilton Pereira, disse que recebeu o comunicado da governadora que pode haver realocação do papel de Antenor Roberto no Governo
Publicado 11 de abril de 2022 às 16:00
Fátima Bezerra e Antenor Roberto na cerimônia de posse – Foto: Assessoria de Imprensa/ALRN
O futuro político do principal parceiro da governadora Fátima Bezerra (PT) neste mandato, o vice-governador Antenor Roberto (PCdoB), segue indefinido. Com as negociações da governadora em busca de apoio político que possa viabilizar melhor sua reeleição, a cadeira hoje ocupada pelo comunista está em jogo e pode ser oferecida a outros partidos, assim como foi com a de Jean Paul Prates (PT) no Senado, que teve o seu lugar na chapa majoritária entregue ao ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves.
A incerteza da manutenção do posto de vice-governador para Antenor ficou ainda mais acentuada depois que a governadora entrou em contato com a direção do PCdoB para falar sobre as negociações visando as eleições de outubro próximo.
“A governadora nos comunicou que está fazendo tratativas com forças políticas e partidárias. Ela nos comunicou também sobre a possibilidade de deslocamento do vice-governador”, disse o presidente estadual do PCdoB, Divanilton Pereira.
Históricos parceiros de militância, PT e PCdoB se aproximaram ainda mais nas eleições de 2018, quando no cenário nacional formaram chapa com Fernando Haddad e Manuela D’Ávila, e no estadual quando Fátima Bezerra e Antenor Roberto se uniram para a disputa do Governo do RN. É nessa convergência política que o presidente do diretório estadual do PCdoB se apega, quando defende a manutenção do seu partido na chapa majoritária de Fátima.
“Isso é uma opinião do presidente do partido, pois ainda não houve um debate mais coletivo. Mas creio que Antenor Roberto não deva sair do espaço majoritário. Eu acho que Antenor Roberto tem que ter espaço nessa composição majoritária, entenda-se do Senado à Vice-Governadoria”, disse o presidente do diretório estadual do PCdoB, Divanilton Pereira.
O presidente da sigla argumenta ainda que também é crédito do vice-governador e do seu partido, parcela do “êxito do Governo Fátima Bezerra”.
“Enfrentamos um legado de absoluta calamidade administrativa, orçamentária, financeira e fiscal. Contribuímos para que a resultante desses esforços alcançasse a reorganização do Estado Potiguar, uma condição fundamental para atingirmos objetivos maiores, em especial, o do nosso desenvolvimento”, disse Divanilton.
Sobre as potenciais novas parcerias do Governo Fátima, o PCdoB no RN, através de seu presidente, vislumbra incertezas e teme que elas não possam de fato contribuir eleitoral e administrativamente. “Os arranjos circunstanciais e particularistas podem até apontar, de imediato, luzes, porém, o alcance da luminosidade sobre a grande estrada é limitado. E essa possível, mas também nova configuração política, pode potencializar, além de riscos eleitorais, a não continuidade do atual ciclo desenvolvimentista”, disse o presidente Divanilton Pereira.
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