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Patrícia Poeta conta que foi assediada ainda na adolescência

Apresentadora comentou sobre o trauma enquanto apresentava reportagem sobre jovem que foi dopada por um motorista de aplicativo e pulou de carro em movimento para se salvar

por: NOVO Notícias

Publicado 13 de outubro de 2021 às 13:37

Patrícia Poeta conta que foi assediada ainda na adolescência – Foto: Gshow/Reprodução

Poucas mulheres podem dizer que nunca foram assediadas de alguma forma. Segundo dados do IBGE, uma em cada sete adolescentes já sofreu algum tipo de abuso no país. E as agressões, ou tentativas, ocorrem mesmo com pessoas famosas, como a apresentadora Patrícia Poeta revelou no programa Encontro, da TV Globo, desta quarta-feira (13).
Enquanto apresentava a reportagem sobre uma jovem que pulou de um carro em movimento para fugir de uma tentativa de abuso, a apresentadora comentou que se identifica com a vítima.
“Me coloco no lugar dela, porque quando era adolescente também fui vítima de uma tentativa dessa. Lembro até hoje, tenho trauma disso até hoje porque não consegui se quer falar para pedir ajuda”, desabafou.
Tentativa de estupro
O caso mostrado pelo programa ocorreu há cerda de uma semana, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). A vítima é uma mulher de 20 anos que, ao pegar um carro do aplicativo Uber, recebeu um pano, supostamente desengordurante, para limpar a tela do celular e os óculos. Segundo o relato, o motorista a orientou para sentir “o cheiro maravilhoso” do tecido.
Mesmo de máscara, ela começou a se sentir tonta e a sentir as vistas escurecidas ao seguir as instruções. Ainda de acordo com a mulher, neste momento, o motorista trancou as portas do carro e a orientou a tirar a máscara. Ela conseguiu destravar a porta e pulou do veículo em movimento. Em seguida, a jovem lembra que pediu ajuda de caminhoneiros que estavam por perto e eles levaram-na até em casa.
Ela registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Canoas ainda na noite da quarta-feira (6) e publicou um relato do caso nas redes sociais. Ao portal G1, o delegado Pablo Rocha contou que a empresa se recusou a identificar o motorista, mas que a polícia trabalha para saber quem é o homem.
Em nota, a empresa afirmou que “tem um canal exclusivo para solicitação de dados” e que “a conta do motorista foi desativada da plataforma”. Na entrevista, a vítima afirmou que não consegue mais ficar na própria casa desde o ocorrido por medo do motorista que conhecia o destino final dela. O caso é investigado como tentativa de estupro de vulnerável.
Leia abaixo a nota completa da empresa Uber:
A Uber repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e está à disposição para colaborar com as autoridades no curso da investigação, nos termos da lei. A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência. Este tipo de comportamento configura violação ao Código de Conduta da Comunidade Uber e a conta do motorista foi desativada da plataforma assim que a empresa tomou conhecimento do episódio.
Vale ressaltar que a Uber está sempre à disposição para colaborar com as autoridades e possui um portal exclusivo para solicitação de dados, que está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana para processar as demandas, permitindo que informações importantes sejam repassadas com segurança e rapidez, isso tudo respeitando as leis de privacidade exigidas no País, em especial o Marco Civil da Internet.
Segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo: o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros.
Desde 2018, a empresa se comprometeu a participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher e possui diversos projetos voltados para isso, que incluem campanhas contra o assédio, podcast educativo para motoristas parceiros sobre violência de gênero e, recentemente, em parceria com o MeToo, anunciamos um canal de suporte psicológico para apoiar vítimas de violência de gênero na plataforma.
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