De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é que sejam diagnosticados 1.130 novos casos da doença no Rio Grande do Norte em 2021, sendo mais de 50% diagnosticados já em estágio avançado
Publicado 18 de outubro de 2021 às 16:50
Nos últimos cinco anos, o número de mamografias realizados no Brasil, assim como no Rio Grande do Norte, teve uma queda de 41%. O período que mais registrou baixa no número de mulheres a realizar o exame de mama foi 2020, por causa da pandemia da Covid-19.
Outro empecilho para a não realização do exame preventivo é o tempo de espera na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, muitas mulheres procuram outras alternativas. No estado, o Grupo Reviver e a Unidade Sesc Saúde da Mulher atendem esse público na tentativa de oferecer um trabalho ágil, aumentando as
chances de cura caso a paciente tenha um diagnóstico positivo para a doença.
Até o ano de 2018, o Grupo Reviver trabalhava apenas com mutirões no mês de outubro, contudo, no ano seguinte, o atendimento passou a ser permanente após a aquisição de uma unidade móvel. Hoje o Reviver possui um calendário permanente de mamografias gratuitas na unidade móvel em todas as zonas administrativas de Natal e cidades do interior do Estado.
“Desde 2019, quando começamos o calendário permanente de mamografias, não sentimos uma queda na realização de exames nem mesmo durante a pandemia. No ano passado, ficamos 90 dias parados e retornamos com um atendimento diário um pouco abaixo da nossa capacidade de atendimento que é de 70 pacientes. Mas depois se normalizou. Nesse mês de outubro, estamos com uma procura muito alta, atendendo até 90 pacientes por dia e trabalhando aos finais de semana”, afirmou a associada-fundadora do Grupo Reviver, Idaísa Cavalcanti.
Já a unidade do Sesc realizou cerca de 25.600 mamografias entre os anos de 2015 e 2021. “Para além da objetividade dos dados, o que fica como grande legado em todo este tempo de atuação são oportunidades de cura, esperança para quase 1.300 mulheres que receberam algum diagnóstico de alteração em seus exames, sendo encaminhadas para tratamento no setor público de saúde”, diz Marcelo Queiroz, presidente do sistema Fecomércio RN, do qual o Sesc fez parte.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, o câncer de mama é o mais comum e o que mais mata as mulheres do país. Para se ter
uma ideia, a cada dois minutos, uma mulher é diagnosticada com câncer de mama.
Até 2022, a estimativa é que sejam diagnosticados 1.130 novos casos da doença no Rio Grande do Norte em 2021, sendo mais de 50% diagnosticados já em estágio avançado. Para diminuir o número de casos, o diagnóstico e o consequente tratamento precoce são de fundamental importância.
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