Economia

Pagamento via pix para impostos vira alvo de criminosos

O Pix já responde por mais da metade das transferências bancárias do país, e isso tem chamado a atenção de criminosos

por: NOVO Notícias

Publicado 15 de julho de 2022 às 14:58

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Um golpe que tem sido frequente e tem atingido empresas enquadradas no regime do Simples Nacional, que realizam o pagamento de seus impostos através do DAS (Documento de Arrecadação do Simples). Funciona da seguinte forma: Fraudadores emitem uma guia DAS falsa, contendo um código PIX de uma conta que não é a da Receita Federal e encaminham para as empresas, fazendo com que empresários desatentos caiam no golpe.
Segundo a contadora Joarla de Medeiros, no caso do PIX, é importante lembrar que o mesmo não possui um sistema de estorno, ou seja, quando um pagamento é realizado incorretamente, a única maneira de resgatar o dinheiro transferido seria através de um contato com quem recebeu o dinheiro, que no caso de estelionatários se torna algo praticamente impossível.

Para driblar esse tipo de transtorno, é importante que empresários alertem seus departamentos financeiros para que verifiquem sempre a fonte que lhes enviou o documento. “Antes da efetivação dos pagamentos, lembre-se de checar o nome do beneficiário, pois quando se trata de uma fraude o nome que aparece no sistema do banco será o de uma pessoa física ou empresa”, alerta Joarla.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O PIX

O Pix é o mais novo queridinho do Brasil, e de acordo com os dados do Banco Central, já responde por mais da metade das transferências bancárias, o PIX (sistema lançado pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2020, que permite transferências e pagamentos eletrônicos a qualquer hora do dia).

Mas será que a Receita Federal pode usar o PIX para investigar seus bens e verificar suas movimentações financeiras?

Segundo a contadora Joarla de Medeiros, as transferências feitas pelo sistema estão protegidas pela lei do sigilo bancário. “Porém os bancos enviam para a Receita um apanhado dos valores movimentados nos últimos 5 anos de todas as operações dos contribuintes, o que inclui o PIX. Isso, mesmo. A Receita já sabe e vai continuar tendo acesso a sua movimentação, seja ela DOC, TED ou PIX”, explica

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