O padre José Aparecido Bilha, que estava sendo perseguido por ter declarado voto em Lula (PT) nas eleições deste ano, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (21) no pátio da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Guaíra, no Oeste do Paraná. Ele tinha um corte profundo no pescoço e, ao lado do corpo, foi encontrada uma faca. O pároco foi encontrado sem vida por funcionários da igreja da qual ele era pároco desde 2020.
A polícia trabalha com a hipótese de suicídio. No entanto, fiéis alegam que a cena foi “forjada”. “Bolsonaristas mataram nosso padre e estão com essa história. Queremos justiça”, disse um. Nas redes sociais, circula um print de um grupo de WhatsApp onde um apoiador de Jair Bolsonaro (PL) comemora a morte do padre: “…se era vermelho, menos um”, afirmou.
José Aparecido Bilha tinha 63 anos de idade e em março completou 28 de ordenação sacerdotal. Ele atuou no Seminário São Cura d’Ars, em Quatro Pontes, como promotor vocacional e diretor espiritual entre 1996 e 2000 e também como reitor, de 2000 a 2001. No mesmo período foi vigário paroquial na Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Quatro Pontes.
Entre 2002 e 2003, o Padre Cido, como era conhecido, realizou uma especialização em Bogotá, na Colômbia. Em 2016 foi designado para acompanhar a formação seminarística junto ao Seminário São João Paulo II (Teologia), em Curitiba, permanecendo até o final de 2019, quando passou a atuar como pároco junto a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Guaíra.
Fieis dizem que ele estava sofrendo ameaças e pressão política por ter declarado voto em Lula. No sábado, houve uma reunião de empresários do agronegócio na cidade.
Em nota, a Polícia Civil disse que “aguarda laudos complementares que auxiliarão no andamento das investigações”. A apuração está sendo feita pela Delegacia de Guaíra.
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