Política

“Pacificar o Senado” é prioridade de Marinho caso presida a Casa

O senador potiguar participou de entrevista ao canal GloboNews e falou sobre o que pretende caso seja eleito presidente do Senado

por: NOVO Notícias

Publicado 30 de janeiro de 2023 às 16:58

Rogério Marinho, candidato à presidência do Senado Federal

Rogério Marinho, candidato à presidência do Senado Federal – Foto: Reprodução/GloboNews

O senador eleito pelo Rio Grande do Norte, e candidato à presidência do Senado Federal, Rogério Marinho (PL), concedeu entrevista na tarde desta segunda-feira (30) ao Estúdio i, do canal de televisão GloboNews, e falou sobre o processo eleitoral, bem como das ações previstas caso saia vencedor do processo eleitoral contra o atual presidente da Casa, o senador Rodrigo Pacheco (PSD).

Marinho exercerá o seu primeiro mandato no Senado Federal, porém não será sua estreia no Congresso Nacional. O potiguar já representou o povo do Rio Grande do Norte na Câmara dos Deputados por três mandatos, entre os anos de 2007 e 2019. Aproveitando sua experiência nos corredores do poder legislativo, aliada à vivência dos últimos anos onde participou do Governo Bolsonaro, inclusive como ministro do Desenvolvimento Regional, ele chegará ao Senado já em disputa ao posto maior da Casa legislativa, e caso vença a disputa pela presidência, a prioridade zero de Rogério Marinho será pacificar o Senado.

“Meta número zero é fazer com que o Senado seja pacificado, que todos participem da administração e que possamos ter altivez para estabelecer o diálogo na mesma altitude”, explicou Rogério Marinho, candidato do PL à presidência do Senado.

Questionado se a candidatura dele representa o espectro político da direita, Marinho negou, e justificou que sua participação nas eleições internas da Casa pertencem à instituição.

“É uma candidatura que pretende levar de volta o Senado da República ao centro das mais importantes decisões que esse país vem passando e vai continuar passando. Nós estamos vivendo um momento de transição política, poderíamos estar em outro processo, mas estamos vendo que há um recrudescimento de um processo onde há uma necessidade de pacificação”, disse Rogério Marinho.

O senador potiguar entende que o pertencimento à estereótipos como direita e extrema direita deve ser discutido de forma filosófica, tentando entender os conceitos de cada um dos espectros políticos, mas ao falar do radicalismo, Marinho é contundente no repúdio.

“Quanto ao estereótipo de direita, extrema direita, eu acho que isso deve ser discutido à luz da racionalidade, da razão e de conceitos filosóficos do que é direita, do que é esquerda e do que representa o radicalismo, que por princípio todos nós repudiamos. Nós achamos que a decisão que move esse país e que move qualquer democracia é no campo da política. É na política, no debate, no campo do contraditório. É sobretudo na oposição responsável que nós vamos decidir o destino desse país, e é dessa forma que nós nos colocamos”, explicou Marinho.

Para ele, o Senado perdeu relevância nos últimos anos, e uma das metas da nova administração deve ser devolver-lhe essa característica. Esse movimento, segundo Rogério Marinho, ficou nítido nas eleições do ano passado, quando apenas cinco senadores conseguiram se reeleger em todo o Brasil.

“Há uma dissintonia, uma distância entre o Senado e o centro da sociedade. Então a nossa candidatura representa esse resgate”, disse o senador potiguar.

Enfrentamento ao STF

Como um candidato advindo do bolsonarismo, Rogério Marinho tem sido visto por alguns parlamentares como uma uma possibilidade de aumentar o enfrentamento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que durante o governo de Jair Bolsonaro foi visto quase que como um inimigo, levando ao entendimento de que há uma ruptura entre os poderes judiciário e executivo.

Rogério negou a possibilidade de ele ser presidente do Senado para fortalecer essa intriga entre os poderes, e aponta que sua candidatura está em busca do contrário: harmonia.

“Não estamos, de nenhuma forma, sendo candidato ao Senado para realizar vinditas, conflagrações, para estabelecer uma ruptura do modelo institucional do país, pelo contrário, para mim está evidente que há um desequilíbrio na democracia na hora em que há uma subalternidade e a hipertrofia de um poder sobre o outro. O princípio da República é da independência e harmonia entre os poderes. A minha visão e de boa parte do parlamento brasileiro, nós vamos ver isso por ocasião das eleições, é de que essa relação está desequilibrada”, finalizou Marinho.

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