O Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta a doença como o principal problema de saúde mundial, tendo o tumor de mama como o segundo tipo mais frequente. Com o aumento da incidência e do número de mortes causadas pela enfermidade, estudos científicos demonstram que bons hábitos alimentares ajudam a prevenir diversos quadros da patologia.
A docente de Nutrição da Estácio e especialista em Oncologia, Marcella Tamiozzo, explica que o consumo de alimentos ricos em antioxidantes – substâncias que protegem as células dos danos causados por radicais livres – e fibras contribuem para a prevenção.
“Essas substâncias estão presentes em uma alimentação mais natural, rica em frutas, verduras e legumes. Junto a isso, diminuir o consumo de carne vermelha, carnes processadas e gorduras ruins, bem como produtos industrializados ricos em aditivos químicos (como temperos industrializados em pó ou tabletes, refrigerantes e sucos em pó), pode contribuir para a prevenção do câncer de mama”, destaca Marcella.
A nutricionista explica que o consumo de carnes vermelhas e carnes fritas está relacionado ao desenvolvimento do câncer de mama devido à utilização de hormônios estrogênicos no gado e aos mutagênicos criados durante o cozimento da carne em alta temperatura, o que promove aumento na formação de compostos cancerígenos. Já o consumo de gorduras saturadas e trans aumentam a suscetibilidade a processos inflamatórios e oxidativos.
Segundo a especialista, a dieta mediterrânea, rica em polifenóis e fibras, é um dos exemplos de alimentação a ser seguidos visando a prevenção do câncer de mama, pois atua na prevenção do aparecimento de células cancerígenas, principalmente pela sua capacidade de evitar processos oxidativos e inflamatórios.
Boa alimentação durante o tratamento
A especialista destaca ainda que quem está em tratamento contra a doença também deve se atentar à qualidade da alimentação.
“É importante que o paciente oncológico tenha acompanhamento de um nutricionista para fortalecer o sistema imunológico, contribuindo para uma boa resposta ao tratamento. Nestes casos, alimentos já citados como fonte de antioxidantes podem ajudar também na produção de enzimas e anticorpos”, revela a professora da Estácio.
Marcella cita ainda alguns alimentos que podem ser incluídos na alimentação cotidiana:
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