O ano começou com algumas dificuldades na administração pública municipal de Natal. O fato de a Prefeitura ter pagado o salário do mês de dezembro só depois de ter entrado o mês de janeiro fez aumentarem as críticas, que já não eram poucas, com demandas em diversas áreas como saúde e educação.
A folha de servidores costuma ser paga até o último dia do mês, contudo, em dezembro, parte dos trabalhadores do Município de Natal não haviam recebido seus vencimentos e tiveram que entrar 2022 com os bolsos vazios. Na última terça-feira (4), a Prefeitura do Natal comunicou que o pagamento da folha seria quitado até o quinto dia útil do mês de janeiro, que se dá exatamente hoje, dia 10.
Outro ponto que ganhou destaque na primeira semana do ano também envolve salários. No dia 29 de dezembro, o plenário da Câmara Municipal de Natal aprovou reajuste para os professores da rede municipal de ensino em 12,84% para o ano de 2022. Contudo, no último dia do ano, o Diário Oficial do Município trouxe a publicação do veto parcial desse aumento, fechando o reajuste em 6,42%. Na justificativa, o prefeito Álvaro Dias alegou que os vereadores invadiram competências exclusivas do Poder Executivo Municipal.
A vereadora Ana Paula (PL) contou sobre a dificuldade da voz da oposição, que tem as demandas apresentadas pela população por meio dos vereadores oposicionistas, ignoradas pela administração pública municipal.
“Infelizmente a gente não tem o plenário. A oposição cobra por ofício e não por requerimento, que teria uma força maior, pois seria uma demanda de um conjunto de parlamentares”, diz a vereadora Ana Paula, membro da bancada de oposição, que completa: “São diversos pontos que a população traz. A gente vem sendo procurada por diversos natalenses, com diversas demandas. O ponto do veto do aumento dos professores é algo que a gente demanda, e a categoria profissional que vem nos requerendo uma posição nossa.”
Na área da saúde, o município tem falhado na prestação de alguns serviços, como a distribuição de medicamentos. Usuários do Prosus reclamam da falta de medicamentos e insumos para portadores de diabetes, que vem acontecendo há meses na capital potiguar. A distribuição de insulinas, fitas, lancetas e agulhas falha constantemente na rede pública municipal. A SMS Natal reconhece a escassez do material e sugere medicamentos substitutivos com o aval médico.
Essa situação é pauta dos vereadores de oposição na Câmara Municipal. Segundo a vereadora Brisa Bracchi (PT), líder da bancada oposicionista na Casa, o problema das insulinas faz parte da cultura política da gestão.
“Abrimos o ano novo com a Prefeitura repetindo velhos erros. A falta de insulina, por exemplo, é um problema crônico. Só para se ter ideia, desde abril de 2021 cobramos que seja retornada a entrega deste medicamento de forma regular no Município. Esse problema não é pontual porque faz parte da cultura política dessa gestão, que prioriza beneficiar quem tem mais em detrimento de quem tem menos”, diz a vereadora Brisa Bracchi.
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