A Justiça Eleitoral tornou réus os vereadores Ítalo de Brito Siqueira e Rhalessa Cledylane Freire dos Santos, após denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), após as investigações das Operação Dízimo, deflagrada no dia 18 de junho, com o objetivo de investigar supostos crimes de de falsidade ideológica eleitoral, peculato e falsidade ideológica no município de Parnamirim. A pedido do MPE, os vereadores também deverão ser afastados dos cargos durante um período de 180 dias.
Ítalo e Rhalessa são acusados de desviar verbas em benefício de suas campanhas eleitorais, em detrimento dos demais adversários, causando forte desequilíbrio da disputa eleitoral e influência na legitimidade do pleito, segundo o MPE. Eles chegaram a ser presos, mas foram liberados para assumir o mandato dias depois.
Também foram denunciados como réus o ex-vereador Alex Sandro da Conceição Nunes da Silva, o ex-chefe de gabinete do vereador e presidente do Partido Solidariedade em Parnamirim, Sandoval Gonçalves de Melo; o diretor do Clube de Futebol Visão Celeste, Danilo Rodrigues Peixoto de Vasconcelos; e ainda Antônio Alexandre de Souza Oliveira, Eduardo Pacheco Ramos, Gerlucio de Aquino Guedes e Érica Virgínia Linhares.
Operação Dízimo
A operação Dízimo cumpriu cinco mandados de prisão temporária e outros dez de busca e apreensão em Parnamirim no dia 18 de junho passado. A ação contou com a participação de 15 promotores de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), 17 servidores do MPRN e 68 policiais militares.
Para o MP Eleitoral, o ex-vereador Alex Sandro, na condição de presidente de fato da Associação Proamfa, junto com os vereadores Ítalo de Brito Siqueira e Rhalessa Cledylane Freire dos Santos, destinavam recursos para a Associação, através de emendas parlamentares e, após o recebimento dos valores pela entidade, transferiam para eles o montante, em um verdadeiro esquema de desvio de recursos públicos com a finalidade eleitoral.
Alguns desses réus também foram alvos da operação Mateus 7:15, deflagrada em novembro do ano passado. Com auxílio do MPRN, foram apreendidos aproximadamente R$ 70 mil em espécie a poucos dias das eleições municipais em endereços vinculados ao ex-vereador Pastor Alex.
A Associação Proamfa recebeu recursos públicos do Município de Parnamirim, diretamente e através de emendas parlamentares de vários vereadores.
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