Engorda da Praia de Ponta Negra vai aumentar faixa de areia e ajudar a preservar Morro do careca. Foto: Reprodução
A obra de engorda da praia de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal, foi retomada neste fim semana. O serviços recomeçaram após a publicação de um decreto emergencial devido ao avanço do mar na orla. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Seinfra).
O aterro hidráulico foi paralisado em 3 de setembro. A Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), contrata pela pela Prefeitura do Natal para os estudos da obra, identificou cascalho na areia retirada do banco licenciado para a engorda.
O reinício da obra aguardava a conclusão de um estudo no local para garantir que a areia era adequada, mas o município ainda não confirmou se esse estudo foi finalizado.
O prefeito Álvaro Dias decretou estado de emergência em Ponta Negra na sexta-feira (20), em virtude do agravamento dos danos provocados pelo avanço do mar, especialmente o processo de erosão no Morro do Careca. O relatório da Defesa Civil municipal aponta que a erosão ameaça a estrutura do Morro, maior cartão-postal da cidade, além de comprometer as estruturas urbanas na orla.
De acordo com a prefeitura, a medida visa proteger os frequentadores da área e o patrimônio paisagístico, além de mitigar os impactos do avanço do mar até a conclusão do projeto de engorda. O decreto foi apoiado pelo Comitê de Crise da Prefeitura, que analisa desastres naturais. O avanço do mar, com marés altas de até 2.9 metros, danificou estruturas de contenção em hotéis da região, levando empresários a pedirem ações urgentes.
“Estamos diante de uma grave ameaça de colapso do Morro do Careca. Não vamos permitir que isso aconteça, pois poderá acarretar prejuízos incalculáveis para a cidade e colocar vidas em risco”, afirmou o prefeito Álvaro Dias. A Defesa Civil também identificou erosões significativas, como a formação de voçorocas, que aumentaram o risco de desabamento na área, considerada de alta periculosidade.
Além disso, o relatório apontou o desabamento de dissipadores de drenagens e muros de contenção na altura dos hotéis Rifóles, El Aram e Vila do Mar, este último sofrendo invasão de água em seu terreno.
