A Prefeitura de Natal anunciou a suspensão das atividades na obra de engorda da Praia de Ponta Negra nesta terça-feira (03), quatro dias após o início da execução. A paralisação foi confirmada pelo município e solicitada pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), responsável pela análise dos sedimentos retirados.
O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, informou que a pausa de até 7 dias é necessária para a conclusão da análise dos sedimentos em laboratório. O objetivo é avaliar o volume e a qualidade do material que será utilizado na obra. A suspensão faz parte dos procedimentos estabelecidos pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e atende às condicionantes ambientais.
A Prefeitura destacou que a interrupção não afetará o cronograma da obra, que é de aproximadamente três meses. Em nota, o município explicou que a suspensão faz parte do processo preparatório e não resultará em atraso no projeto de aterro hidráulico.
A DTA Engenharia, responsável pela execução, informou que não se pronunciará neste momento e confirmou que não houve problemas com a draga utilizada na obra.
Na manhã desta terça-feira, a draga se deslocou entre a Praia de Miami e a Via Costeira, mas não iniciou as atividades em Ponta Negra. A operação consiste na remoção de areia de uma jazida em Mãe Luiza e seu transporte até Ponta Negra. Há relatos de que, nos últimos três dias, não houve movimentação de máquinas ou trabalhadores na praia.
Os operários e máquinas estavam presentes apenas no canteiro de obras, onde se localiza o alojamento dos funcionários da empresa. O investimento inicial para a obra é de R$ 73 milhões, com previsão de conclusão em 94 dias.
O secretário esclareceu que a pausa é parte normal do processo, incluindo testes mecânicos e de sedimentos. A engorda visa criar um aterro de cerca de 4 km entre a Via Costeira e o Morro do Careca, ampliando a faixa de areia da praia para até 100 metros na maré baixa e 50 metros na maré cheia.
A obra começou na semana passada após a reemissão da licença ambiental pelo Idema, em 13 de agosto, após mais de um mês de impasse para a liberação.
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