É hora de defendermos, valorizarmos e vendermos o potencial do Rio Grande do Norte - Foto: Sandro Menezes

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Economia O potencial do Rio Grande do Norte: um pacto pelo crescimento

O RN é um estado com vocação para o crescimento, que pode e deve ser reconhecido como um polo de desenvolvimento no Nordeste e no Brasil

por: Foto do autor Jean Valério

Publicado 14 de janeiro de 2025 às 17:24

Os números não mentem: o Rio Grande do Norte vive um momento de grande potencial econômico. Segundo dados do IBGE, compilados pelo Observatório da Indústria Mais RN e publicados pela Tribuna do Norte, o Produto Interno Bruto (PIB) industrial do estado cresceu expressivos 60% entre 2021 e 2022. Saímos de R$ 14,73 bilhões para R$ 23,58 bilhões, com a indústria representando 25,1% do PIB estadual, a maior participação desde 2009.

Esses resultados não vieram por acaso. Foram impulsionados por setores estratégicos como a extração de petróleo e gás natural, a fabricação de biocombustíveis, a construção civil e a produção de alimentos. A retomada de investimentos públicos e privados também desempenhou um papel crucial nesse avanço.

No entanto, quero ir além dos números. É hora de defendermos, valorizarmos e vendermos o potencial do nosso estado, ao invés de rebaixá-lo ou criticá-lo. O Rio Grande do Norte não é só petróleo e gás – embora sejamos um dos principais produtores nacionais em terra. Nosso estado também se destaca em energias renováveis, turismo, pesca industrial, fruticultura e agora, com a retomada do segmento imobiliário, impulsionado pelo novo Plano Diretor de Natal e pelas obras de melhorias da infra como a engorda da praia de Ponta Negra, temos um horizonte ainda mais promissor.

O setor de energias renováveis é um dos maiores exemplos do nosso potencial. Somos referência em geração de energia eólica e solar, e podemos consolidar nossa posição como o “Estado das Energias” ao equilibrar o desenvolvimento do petróleo e gás com a transição energética. Sem falar no pioneirismo da exploração de energia off shore.

No turismo, temos belezas naturais únicas que atraem visitantes do Brasil e do mundo. Mas precisamos fazer mais. É essencial melhorar nossa infraestrutura, modernizar os acessos e criar experiências que incentivem o turista a ficar mais tempo e investir mais no nosso estado.

Na fruticultura, destacamo-nos como grandes exportadores de melão, manga e outras frutas tropicais. Já a pesca industrial, com um vasto litoral, segue sendo um ativo subaproveitado que pode ser alavancado com políticas públicas e investimentos estratégicos.

E o mercado imobiliário? Ele volta a ganhar força, e com o novo Plano Diretor, Natal se posiciona como uma cidade atraente tanto para investimentos locais quanto para investidores de fora.

Poderia aqui falar ainda de outros setores como carcinicultura, sal, mineração, agricultura.

O que precisamos agora é de um verdadeiro pacto pelo crescimento. Isso significa união entre setores públicos e privados, parcerias estratégicas e, acima de tudo, valorizar o que temos.

Não podemos vender a imagem de um estado que só enxerga problemas. É hora de focarmos nas soluções, nos potenciais, nas oportunidades. Isso não quer dizer ignorar os desafios – como a infraestrutura logística deficiente ou a alta carga tributária –, mas enfrentá-los com coragem e propostas concretas.

Também é fundamental que todos – empresários, gestores públicos, trabalhadores e cidadãos – se envolvam nesse movimento. É um chamado à ética, à lealdade e à geração de valor. Quando agimos com esses princípios, o retorno vem.

O Rio Grande do Norte é mais forte do que imaginamos. É um estado com vocação para o crescimento, que pode e deve ser reconhecido como um polo de desenvolvimento no Nordeste e no Brasil. Mas isso só será possível se trabalharmos juntos, valorizarmos nossos recursos e, sobretudo, acreditarmos no nosso próprio potencial.

Chegou a hora de construir um RN que orgulhe a todos. Vamos vender nosso produto, mostrar nossa força e liderar um novo ciclo de desenvolvimento. O momento é agora.

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