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Números da dengue e Chikungunya diminuem no RN

O boletim traz um panorama do cenário epidemiológico das arboviroses até o momento

por: NOVO Notícias

Publicado 23 de agosto de 2022 às 18:00

Mosquito Aedes Aegypti

Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya – Foto: Arquivo/NOVO

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou nesta terça-feira (23), o mais recente boletim epidemiológico das arboviroses no Rio Grande do Norte, referente ao período compreendido entre a Semana Epidemiológica 1 até a 32, encerrada em de 13 de agosto de 2022. O boletim traz um panorama do cenário epidemiológico das arboviroses até o momento.

No que diz respeito à dengue, foram notificados, até a Semana Epidemiológica 32, 45.142 casos de dengue no RN, dos quais 7.512 foram confirmados, 38.109 casos considerados prováveis, 7.033 descartados, 9 óbitos confirmados e 21 em processo de investigação. A incidência apresentada foi de 1070,21 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Com relação à Chikungunya, foram notificados no RN, até a Semana Epidemiológica 32, 15.605 casos da doença, sendo confirmados 2.798 casos, 12.681 casos considerados prováveis, 2.925 descartados e dois óbitos confirmados. A incidência foi de 356,12 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Já no que diz respeito à Zika, entre a semana epidemiológica 1 e 32 de 2022 no RN, foram notificados 6.553 casos da doença, sendo confirmados 468 casos, 4.167 casos considerados prováveis, 2.386 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 117,02 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Com relação a casos de Zika em gestante, houve 20 casos confirmados em 2022, por critério laboratorial. O quantitativo de casos de Zika em gestantes é destacado na análise do cenário epidemiológico, devido à ocorrência de síndromes congênitas associadas ao Zika Vírus.

Análise do cenário epidemiológico

Segundo a responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue, Sílvia Dinara, o registro de casos prováveis de dengue e Chikungunya de 2022, comparado ao de 2021, apresentou um aumento significativo. Quanto à dengue, observa-se uma curva epidêmica crescente a partir da 6ª semana, com pico na 20ª semana epidemiológica, que decresce até a 32ª semana.

A curva epidêmica da Chikungunya tem comportamento parecido, com maior quantidade de casos prováveis registrados entre a 21ª e 23ª, assumindo, em seguida, uma curva decrescente. Tais comportamentos evidenciam o fim da situação de epidemia de dengue e Chikungunya no RN.

Ressalta-se que a dengue, Chikungunya e o Zika Vírus representam as principais arboviroses no estado, devido às condições ambientais proporcionadas, elas são doenças causadas por diferentes vírus e que tem como principal veículo de transmissão o mosquito Aedes aegypti. Esse grupo de doenças configura-se como um sério problema de saúde pública, pois possui grande potencial de dispersão e possibilidade de causar epidemias.

“Atualmente, o Rio Grande do Norte anuncia o fim de uma epidemia de arboviroses, assumindo o estado de endemia, pois as arboviroses continuam sendo recorrentes, no entanto, sem aumentos significativos nos números de casos. Todavia, é necessário que as medidas de controle e prevenção continuem sendo adotadas, pois o enfrentamento das arboviroses exige envolvimento de diversos setores da sociedade, destacou Sílvia Dinara.

Prevenção

A Sesap reforça, junto à população, os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses:

· Mantenham os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;

· Esfreguem com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;

· Não coloquem lixo em terrenos baldios;

· Mantenham as caixas d´água sempre tampadas;

· Observem vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;

· Observem locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;

· Recebam a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;

· Mantenham em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.

Confira aqui o boletim epidemiológico das arboviroses no RN.