Ofensiva
O governo russo confirmou que pretende controlar Donbass, no leste, e todo o sul da Ucrânia. Fontes do governo de Vladimir Putin explicaram que esse é o objetivo principal do que chamam de segunda faze da “operação militar especial”.
Nesta sexta-feira (22/4), a agência russa de notícias Interfax divulgou declarações do vice-comandante do distrito militar central da Rússia, Rustam Minnekayev, que detalham a estratégia.
“O controle sobre o sul da Ucrânia é outro caminho para a Transnístria, onde também há evidências de que a população de língua russa está sendo oprimida”, frisa o militar.
Na prática, os russos querem criar um zona entre Crimeia, anexada ao território controlado por Putin em 2014, e Donbass. Com isso seria possível ter um porta de entrada para a região separatista da Moldávia.
A Rússia pretende controlar partes da Ucrânia partindo de Kharkiv, passando por Izyum, Luhansky, Donestsk, Mariupol, Melitopol Mykolaiv e Kherso, chegando à Crimeia. Essa é a primeira vez que os russos detalham uma estratégia militar.
A Rússia tomou 42 vilas na região de Donetsk, segundo informou a assessora da presidência ucraniana, Olena Symonenko. As informações são da agência de notícias Reuters. “Isso aconteceu hoje e pode ser que nossas forças as reconquistem amanhã”, explicou Symonenko.
A guerra completa, nesta sexta-feira, 58 dias. A invasão e os bombardeios russos tiveram início em 24 de fevereiro. A mais recente conquista das tropas russas foi o controle da cidade portuária de Mariupol.
Tensão
A tensão no Leste Europeu voltou a subir após ao menos três ataques ucranianos contra o território russo. Como represália, a Rússia passou a atingir mais de mil alvos por madrugada.
A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.