Polícia Civil registrou 109 bicicletas roubadas em 2023 no RN – Foto: Freepik
No último dia 25 de agosto, o fotógrafo Andrew França estava viajando, quando um criminoso invadiu o condomínio em que ele mora, no bairro de Nova Parnamirim, e roubou suas duas bicicletas. Casos como o de Andrew, infelizmente, têm se tornado recorrentes e os números provam isso.
De acordo com dados fornecidos pela Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (Coine) vinculada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) foram registrados 103 roubos de bicicletas no Rio Grande do Norte durante todo o ano de 2022. Este ano, considerando os dados entre os meses de janeiro até agosto, este número já é de 109 roubos registrados formalmente, ou seja, quando a vítima realiza o Boletim de Ocorrência.
Esse cenário de insegurança tem gerado inquietação entre os ciclistas locais, que agora buscam alternativas para proteger seus equipamentos. Atualmente, as bicicletas dos modelos considerados “de entrada” custam entre R$ 800 a R$ 2 mil. Já as “intermediárias” possuem preços de R$ 2 mil a R$ 7 mil. Há também uma faixa de bicicletas de destaque que podem custar entre R$ 7 mil e R$ 15 mil. As chamadas “top de linha” custam acima de R$ 15 mil, mas costumam representar menos de 5% do mercado.
Em meio ao aumento dos roubos de bicicletas em nossa cidade, a busca por proteção através de seguros especializados está se tornando uma alternativa cada vez mais considerável para ciclistas como Andrew. Em entrevista ao NOVO, o corretor de seguros Eduardo Credídio explicou que a procura por seguros específicos para esse tipo de equipamento tem aumentado em virtude do aumento da violência urbana e dos roubos frequentes.
“Nos últimos anos, as pessoas têm procurado um estilo de vida mais saudável, que prejudique menos o meio ambiente e a bicicleta passou a ser usada também como uma opção de veículo e não só de treino. Então, a venda de bicicletas aumentou muito. Como são equipamentos com valor considerável e bastante variável, o roubo de bicicletas tem se tornado cada vez mais comum. E, consequentemente, a busca pela proteção desses equipamentos também cresceu”, pontuou Credídio.
Quanto aos custos do seguro, isso pode variar consideravelmente dependendo do valor da bicicleta e das coberturas desejadas. O corretor de seguros mencionou um exemplo real em que uma bicicleta no valor de R$ 26 mil teve um seguro cotado em cerca de R$ 1,4 mil. Em relação às coberturas oferecidas, os seguros para bicicletas podem incluir proteção contra roubo e furto, bem como outras coberturas, como danos causados por quedas ou colisões com veículos, garantindo uma proteção abrangente para o ciclista. Para quem deseja fazer um seguro para sua bicicleta, a recomendação é entrar em contato com um corretor especializado, que irá orientar o processo e oferecer suporte durante a vigência do seguro.
O ciclista citado no início desta reportagem, Andrew França, possuía duas bicicletas: uma de uso frequente para treinar seu condicionamento físico avaliada em torno de R$ 1,3 mil e outra elétrica, usada para deslocamentos em substituição ao carro, que estava avaliada em cerca de R$ 3,5 mil. Ambas foram roubadas da sua residência por dois criminosos há cerca de 40 dias. Embora o fotógrafo não tenha previsão de quando poderá adquirir outra bicicleta, o roubo o fez considerar a possibilidade de adquirir um seguro para a próxima que tiver.
Ele compartilhou suas preocupações em relação à segurança de suas bicicletas e destacou a importância de proteger o investimento, especialmente em um cenário de crescente criminalidade. “Infelizmente na nossa cidade a gente dá o suor, se esforça, junta dinheiro para, no final, nos tirarem em dois tempos o que levamos meses ou anos para juntar. Não sei quando poderei comprar outra por conta dos meus gastos atuais, mas fica a certeza de que no dia que tiver outra, o medo de ser roubado estará sempre presente, seja na minha própria casa ou na rua, como foi com o rapaz que vocês mostraram o vídeo umas semanas atrás. Nunca tinha pensado em ter seguro, mas, depois dessa, passa a ser uma possibilidade quando eu vier a comprar outra”, afirma Andrew.
Michael Johnatan foi preso após cometer mais de 20 crimes em Natal – Foto: Polícia Civil
Michael Johnatan Menezes da Silva, de 36 anos, também conhecido como “Don ou Dom” foi preso em flagrante por policiais civis da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Natal (DEFUR/Natal) no dia 13 de junho. Segundo as investigações, ele aparece em imagens diversas captadas por câmeras de segurança de vários condomínios da capital, onde furtou bicicletas de alto valor. Uma delas, avaliada em R$ 15 mil, foi recuperada pela polícia durante as diligências.
Após a sua prisão, Michael da Silva confessou a prática de mais de 20 furtos de bicicletas em condomínios em Natal. Além disso, ele teria furtado três motocicletas. Todos os crimes foram cometidos nos últimos dois meses, após a sua vinda do estado de Pernambuco, onde responde a dezoito processos por furto. Michael da Silva foi encaminhado ao sistema prisional potiguar, onde permanece à disposição da Justiça.
O potiguar José Cavalcante ganhou visibilidade nas redes sociais após relatar o incidente em que foi agredido e teve sua bicicleta roubada em um crime ocorrido na manhã do dia 12 de setembro. Durante o relato, ele destacou que havia trabalhado incansavelmente para adquirir o equipamento, dedicando mais de 12 horas de trabalho diário.
O ciclista descreveu como o crime ocorreu enquanto ele pedalava por uma rua do conjunto Cidade Satélite. Dois homens o abordaram e bloquearam seu caminho. Uma luta corporal se seguiu, mas os criminosos conseguiram levar sua bicicleta e fugiram. José Cavalcante apresentou ferimentos próximos a um dos olhos como resultado da agressão.
Sensibilizado com a história do ciclista, o influenciador digital Thiago Drews utilizou suas redes sociais no dia seguinte para anunciar a doação de uma bicicleta ao potiguar vítima de agressão e roubo.
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