Durante este final de semana, o jornalismo potiguar foi representado pelo NOVO Notícias na campanha turística Inverno em Minas, promovida pelo Governo do Estado de Minas Gerais, e que reuniu 40 jornalistas de todos os estados do Brasil entre os dias 27 de junho e 1º de julho.

A programação começou na quinta-feira (27), com um jantar de boas-vindas comandado pelo chef Leonardo Paixão, um dos mais destacados nomes da culinária mineira contemporânea.  A recepção aconteceu no Palácio da Liberdade, sede histórica do governo mineiro, em Belo Horizonte. Com a presença de secretários de estado e empresários locais, o NOVO se uniu a alguns dos maiores veículos de imprensa do Brasil para ver de perto algumas das experiências que Minas tem a oferecer para quem escolhe o estado na hora de fazer turismo.

A programação foi vasta e integrou cultura, turismo e gastronomia, três pontos com forte apelo no cotidiano minero. Para atender o máximo de regiões, os jornalistas foram divididos em cinco roteiros distintos, combinando belezas naturais, patrimônio histórico e o sabor da cozinha mineira.

Os polos turísticos são chamados de territórios, e nesta edição da campanha turística Inverno em Minas foram apresentados o Território dos Vinhos; o Território Sul de Minas; o Território Serra da Canastra/Mar de Minas; o Território Estrada Real; e, por fim, o Território Espinhaço/Diamantes, onde estivemos acompanhando de perto.

Vila Biribiri – Foto Isis Medeiros

A largada com o jantar no Palácio da Liberdade foi a única agenda que integrou todos os profissionais de imprensa. No dia seguinte, sexta-feira (28), os grupos foram divididos e partiram em direção ao interior do estado.

Saindo da capital, ainda antes das 8h, o trajeto até Diamantina durou pouco mais de quatro horas e no início da tarde já estávamos no território da cidade que é considerada Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco.

Antes de desbravar a zona urbana do município, um almoço com a típica cozinha mineira foi servido na charmosa Vila do Biribiri, um distrito a 12 quilômetros do centro da cidade. Fundado em 1876, o vilarejo abrigava trabalhadores de uma fábrica de tecidos, que funcionou por quase um século, e após o fechamento da indústria, acabou se tornando uma espécie de vila fantasma, sendo recuperada alguns anos depois e tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.

Logo depois do almoço em Biribiri em suas casas de paredes brancas e portas azuis, o grupo seguiu para o centro urbano de Diamantina, uma cidade que foi o maior centro de extração de diamantes do mundo no século XVIII, com rica história impressa em seus muitos casarões coloniais, capelas e igrejas recheadas com arquitetura barroca.

Dentre as muitas opções de visita na cidade, destacam-se a casa de Juscelino Kubitscheck, presidente da República entre os anos de 1956 e 1961, e a casa onde morou Chica da Silva, escrava que conquistou sua liberdade e se tornou uma personagem marcante da história brasileira, sendo tema de telenovelas de sucesso. À noite, em meio ao frio que chegou aos 12º, um jantar no aconchegante Restaurante Relicário, da chef Rachel Palhares, brindou o fechamento do primeiro dia na cidade.

Ao amanhecer, o grupo foi levado a uma agenda de turismo rural, com visita à vinícola Quinta do Campo Alegre, onde 12 mil pés de uva estão sendo cultivados para produção de vinhos praticamente exclusivos ao mercado local da região de Diamantina.

De lá, uma parada na comunidade chamada Milho Verde, distrito da cidade de Serro, onde o dia foi encerrado depois de uma visita à fazenda de seu Jorge Brandão, um expoente na produção artesanal do Queijo do Serro, prática que atravessa pelo menos três séculos e que, em 2002, se tornou o primeiro bem registrado como Patrimônio Cultural Imaterial do estado de Minas Gerais, e posteriormente, em 2008, foi declarado Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Vinícola Quinta do Campo Alegre

Foi na cidade de Serro que a aventura seguiu, com visita às praças e igrejas do município, que assim como Diamantina, está inserido na região da Serra do Espinhaço, uma formação montanhosa imponente, que tem cerca de 1 mil quilômetros de extensão, abrangendo áreas que vão de Minas Gerais à Chapada Diamantina, na Bahia. A Serra do Espinhaço é considerada a única cordilheira do Brasil, e a segunda maior da América Latina, perdendo apenas para a cordilheira dos Andes, na região da Patagônia.

Por fim, a viagem chegou a Belo Horizonte, sendo encerrada neste domingo (30). Mas antes de voltar à capital, os jornalistas foram levados por uma das mais importantes rodovias do estado e do país, desde a época colonial. As Estradas Reais eram as vias por onde se transportava as riquezas mineradas no território brasileiro para levá-las ao domínio da Coroa Portuguesa.

Minas Gerais e o cultivo do turismo histórico

Minas Gerais é um dos principais destinos turísticos do Brasil. Apesar de não possuir praias, o local é visitado por quem busca um roteiro com opções históricas, além de belezas naturais e uma culinária que agrega sabor ao passeio pela história do Brasil contada a partir de Minas.

Restaurante na Vila Biribiri – Foto Isis Medeiros

A campanha turística Inverno de Minas é uma iniciativa para promover Minas Gerais como destino de inverno. A ação é realizada pelo Governo do Estado de MG, através da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, com patrocínio da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.