Na última quarta-feira (6), o país viu nascer a mais nova sigla partidária da nação: o União Brasil. Resultado da fusão entre o DEM e o PSL, o novo partido surge com a maior bancada do Congresso Nacional, com 82 deputados federais e oito senadores, além de quatro governadores. Até fevereiro do próximo ano, o Tribunal Superior Eleitoral deve homologar o nascimento do União.
No Rio Grande do Norte, a sigla tem o comando nas mãos do ex-senador José Agripino, que já foi eleito vice-presidente nacional do partido, e que em conversas com o NOVO Notícias, já deu pistas de quais os caminhos que o União deverá trilhar já nas próximas eleições: “No plano local estaremos contra o campo do PT”.
O ex-senador projeta que o União fará jus ao nome e unirá grandes forças políticas do Estado para juntos trabalharem a viabilização de um nome que esteja à altura de ameaçar o projeto de reeleição de Fátima Bezerra. “Vamos encontrar uma candidatura que tenha empatia popular, que tenha sintonia eleitoral com o potiguar e que seja capaz de juntar as figuras importantes do Estado”, diz José Agripino, que completa: “Não vamos inventar uma candidatura. Vamos trabalhar politicamente.”
Agripino, que já presidiu a executiva nacional do Democratas, pretende usar toda a sua influência política para fortalecer o grupo; contudo, não quer estar na coordenação, que para ele deve ficar com alguém que assuma o papel de protagonista central, e isso não é o que ele quer.
“Eu estou me dispondo a conversar com as pessoas e organizar um grupo, sem coordenação. Eu, com a experiência que tenho e com a credibilidade que imagino ter, tenho condições de convidar e reunir pessoas para se começar a conversar um projeto de interesse da recuperação do Estado”, diz Agripino.
No processo de discussões na tentativa de viabilizar a fusão, o principal nome do PSL no RN, deputado General Girão, sempre se mostrou muito contrário ao projeto, já deixando claro que deixará o partido. A insatisfação foi levada pessoalmente ao ex-senador, em uma conversa entre os dois, chamada de cavalheira e republicana por Agripino, que disse entender os motivos de Girão.
A principal discordância entre Girão e Agripino fica no campo político nacional, onde o presidente Jair Bolsonaro tem o apoio do deputado potiguar. Contudo, há um ponto de convergência entre os políticos, que é o desejo de derrotar o PT no Rio Grande do Norte. “Seguiremos posições divergentes, mas teremos pelo menos um pouco de convergência no campo da disputa local”, conclui José Agripino
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