O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) vai responder por injúria racial contra Duda Salabert (PDT-MG), também deputada. O crime aconteceu em dezembro de 2020, quando os dois eram vereadores de Belo Horizonte. Na época, Nikolas deu entrevista a um veículo de comunicação e se referiu a Duda, uma mulher transexual, usando pronome masculino ‘ele’.
“Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é”, afirmou Ferreira à época. Ele nega ter cometido o crime.
Inicialmente, a Justiça definiu a competência da 1ª Unidade Jurisdicional Criminal da Comarca de Belo Horizonte para julgar o caso, uma vez que os fatos narrados na queixa-crime por Salabert não se enquadravam no crime de injúria qualificada. No entanto, o MP demonstrou que a decisão não observou que o crime era uma espécie de racismo, conforme definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro de 2021. Foi exatamente isso que o Ministério Público alegou, que o STF deu equivalência da homofobia e transfobia ao racismo em decisão anterior.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) acatou recurso do Ministério Público e determinou, nesta terça-feira (7), que Nikolas Ferreira responda por injúria racial contra Duda Salabert. Se condenado na ação, o deputado pode ter que cumprir até três anos de prisão, pena máxima estabelecida pelo crime de injúria racial.
Receba notícias em primeira mão pelo Whatsapp
Assine nosso canal no Telegram
Siga o NOVO no Instagram
Siga o NOVO no Twitter
Acompanhe o NOVO no Facebook
Acompanhe o NOVO Notícias no Google Notícias