Associação franco-brasileira apresentará oportunidades no país europeu para empreendedores e empresários em evento nesta quarta (1º), em São Paulo
Publicado 1 de março de 2023 às 09:54
Segundo a Fundação Dom Cabral, em 2018 apenas 500 companhias brasileiras possuíam operações físicas no exterior, número que correspondia a 0,01% das empresas constituídas no país. É contra um cenário ainda pouquíssimo globalizado que a France Brésil Empreendedores (FBE), fundada pelos empresários internacionais Caroline Frassão, João Lee, Rafael Sasso e Roberto Abramovich, surgiu em novembro de 2022.
Dentre os principais desafios mapeados pela FBE – primeira associação franco-brasileira sem fins lucrativos dedicada ao intercâmbio de PMEs que querem atravessar o Atlântico para fazer negócios – estão a construção de network, um plano de negócios sólido e a exposição cambial. “No longo prazo, esse tripé é determinante para empresários que desejam internacionalizar com sucesso seus negócios em qualquer lugar do mundo, não apenas na Europa”, aponta João Lee, vice-presidente de Tecnologia do FBE e CEO e cofundador da Simplex, startup especializada em gerenciamento de SEO com atuação na França, Brasil e México.
As oportunidades de intercâmbio com o mercado francês serão apresentadas pela France Brésil Empreendedores no dia 1º de março, em São Paulo, em uma agenda presencial com inscrições gratuitas que contará com a participação de dezenas de empresários e autoridades governamentais, incluindo Aline Cardoso, Secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de São Paulo.
Nessa jornada, o primeiro ponto crítico destacado pelo cofundador da FBE, João Lee, é uma rede de apoio para troca de experiências, das mais técnicas às comportamentais. “Clubes de empreendedorismo, grupos de discussão e outras associações competentes não apenas disponibilizam listas de contatos, mas efetivamente conectam seus associados entre si e a dezenas de investidores anjo, fundos de venture capital, aceleradoras, órgãos governamentais e a uma série de outros investidores institucionais por meio de agendas presenciais e virtuais”, explica. “E quando o estágio da constituição da empresa passa e chega a hora de ir para o mercado, percebemos que pertencer a uma rede já reconhecida gera um ganho de reputação que acelera essa entrada”, completa João.
O planejamento para a expansão internacional deve levar em conta o processo legal e fiscal de cada país. França e Brasil, por exemplo, possuem acordos que facilitam o processo e são disponibilizados pelas embaixadas de ambos os países e pelas câmaras de comércio.
“Também é preciso levar em conta a diferença cultural entre os países, isto afeta a forma como o plano de negócio é montado. O tempo de go-to-market no nosso negócio, por exemplo, é de sete meses na França e quatro meses no Brasil”, revela João. Detalhes como as férias de verão também impactam no processo de venda em setores diversos.
A exposição ao câmbio deve ser uma das principais preocupações para os empresários que atuam em ambos os países. “Para isso, exigem diversas estratégias: uma delas é o hedge de câmbio, que dá previsibilidade para a operação – diversos bancos disponibilizam esta operação no Brasil. Outra possibilidade é utilizar estrategicamente a diferença cambial, buscando otimizar a rentabilidade entre as operações”, alerta João. Com o real bastante depreciado, empresas brasileiras que precisem contratar serviços na Europa podem mitigar grandes despesas, já as francesas, obter maior rentabilidade. Diversas instituições financeiras disponibilizam estas operações.
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