Damária Jácome de Oliveira, ex-vice-prefeita e candidata a prefeita de João Dias
Damária Jácome de Oliveira tem pelo menos sete processos criminais que ainda tramitam na Justiça estadual e já foi sentenciada a três anos de prisão
O Ministério Público Eleitoral emitiu manifestação favorável à candidatura de Damária Jácome de Oliveira para o cargo de prefeita de João Dias, no Agreste potiguar, nas Eleições Municipais de 2024. O parecer foi emitido mesmo com Damária respondendo a pelo menos sete processos criminais que ainda tramitam na Justiça estadual. Entre as acusações, há uma condenação por porte irregular de arma de fogo e associação criminosa, na qual Damária foi sentenciada a três anos de prisão.
Damária Jácome já atuou como vice-prefeita de João Dias, eleita em 2020 na chapa de Marcelo Oliveira. Em dezembro de 2022, ela foi afastada do cargo após ser denunciada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) na Operação Omertà, que investigou o núcleo familiar da então vice-prefeita por suspeita de extorsão contra o prefeito eleito. Marcelo Oliveira foi assassinado na última terça-feira (27), em João Dias. Na época das denúncias, Damária e seu pai, Laete Jácome, negaram todas as acusações.
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A Operação Omertà levou à denúncia e condenação de Damária, seu pai e outras quatro pessoas, acusados de “emprestar” armas para um grupo de quatro indivíduos, supostamente para fins de segurança privada. As investigações, no entanto, apontaram para a prática de outros crimes dolosos pelo grupo. Apesar das condenações, a sentença permitiu que Damária respondesse ao processo em liberdade.
O pai de Damária, Laete Jácome, faleceu em maio deste ano, após um ataque cardíaco, resultando na extinção do processo contra ele em agosto.
Apesar do histórico judicial, o promotor eleitoral da 41ª Zona, Carlos Henrique Harper Cox, avaliou que a candidatura de Damária, pela Coligação “Para João Dias Voltar a Sorrir”, atendeu a todos os requisitos legais e normativos para ser considerada apta ao pleito. O promotor eleitoral destacou que, embora haja ações penais e condenações criminais em primeira instância contra a candidata, os processos encontram-se em fase de recurso, o que não impede, no momento, sua participação nas eleições.
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