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Moraes manda PF ouvir influencer Monark sobre ataques às urnas

O despacho complementa a decisão proferida ontem por Moraes, que derrubou os perfis do influencer nas redes sociais e o proibiu de disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral sob pena de multa diária de R$10 mil

por: NOVO Notícias

Publicado 15 de junho de 2023 às 17:59

Ministro Alexandre de Moraes determinou que a PF ouça Monark em cinco dias. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Ministro Alexandre de Moraes determinou que a PF ouça Monark em cinco dias. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) colha o depoimento de Bruno Monteiro Aiub, o influencer Monark, em até cinco dias. O despacho complementa a decisão proferida ontem por Moraes, que derrubou os perfis do influencer nas redes sociais e o proibiu de disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral sob pena de multa diária de R$10 mil.

O ministro Alexandre de Moraes já havia determinado a suspensão dos perfis de Monark devido a conteúdos que instigaram os atos golpistas de 8 de janeiro, mas o influenciador criou novas contas.

No Rumble, onde ele criou um novo canal que já tem 287 mil seguidores, Monark publicou um vídeo levantando suspeitas sem fundamento sobre a higidez e transparência do sistema eleitoral e fala de um suposto esquema com participação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fraudar as eleições. No Instagram, o novo perfil tem 104 mil seguidores. No Twitter, 20,5 mil.

Ele fez as seguintes declarações: “A gente vê o TSE censurando gente, a gente vê o Alexandre de Moraes prendendo pessoas, você vê um monte de coisa acontecendo, e ao mesmo tempo eles impedindo a transparência das urnas? Você fica desconfiado, que  maracutaia está acontecendo nas urnas ali? Por quê? Por que o nosso sistema político não quer deixar o povo brasileiro ter mais segurança? Qual é o interesse? Manipular as urnas? Manipular as eleições? É isso que eu fico pensando…’.”

“Assim, se torna necessária, adequada e urgente a interrupção de eventual propagação dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática mediante bloqueio de contas em redes sociais, com objetivo de interromper a lesão ou ameaça a direito”, afirmou Moraes na decisão.

Na decisão, o ministro determinou que “as empresas Discord, Meta Inc, Rumble, Telegram e Twitter devem suspender os perfis imediatamente, sob pena de multa diária de R$ 100 mil”. E também deveriam fornecer “ao STF dados cadastrais do usuário e preservar o conteúdo de todas as postagens”.

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