São José do Campestre perdeu um de seus filhos mais pródigos, o menino do seu João Batista Delgado e de dona Neuza Barbosa. Um garoto que nasceu no longínquo ano de 1938, em meio ao mundo em guerra, decidiu que defenderia a ordem e a justiça em sua vida.
Os aproximadamente 112km que afastam o município da capital potiguar não são nada perto da grande carreira de José Batista Delgado. Pai de 3 filhos, Magnus, Liane e Ângelo; e marido de Maria José da Costa. Uma extensa história no direito e magistrado que começou em 1965, mas antes disso se formou em Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e também se especializou na UFRN em Direito Civil e Comercial.
Depois da formação, a seguinte rota tomada por José foi assumir o cargo de juiz de Direito na Comarca de São Paulo do Potengi. Se tornou juiz federal substituto, presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª e corregedor, porém em 1995, chegou ao alto posto de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, onde trabalhou arduamente por quase 13 anos.
Quem conheceu o ministro, o tem como grande referência da justiça potiguar. “Perdemos mais um grande nome que abrilhantou o Superior Tribunal de Justiça. Perde a magistratura brasileira uma figura humana exemplar e um notável e culto magistrado! Delgado dignificou o tribunal da cidadania! Que Deus, em sua infinita misericórdia, console a família e os amigos de José Augusto Delgado”, ressaltou o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, em nome da corte.
Foram mais de 50 anos lecionando direito para jovens estudantes, mais de 40 como magistrado. Sua aposentadoria aconteceu em 2008, deixou o Tribunal com quase 120 mil decisões proferidas, entregou gabinete com menos de 50 processos para decidir. Um volume impressionante de decisões. Ele integrava a Academia Brasileira de Letras Jurídicas, sediada no Rio de Janeiro; a Academia Brasileira de Direito Tributário, sediada em São Paulo; a Academia Norte-rio-grandense de Letras e a Academia Tributária das Américas, como membro do Conselho Honorífico.
Faleceu com 83 anos, deixando sua marca por onde passou por seu excelente trabalho e dedicação. Em um relato dele quando se aposentou falando sobre as coisas que mais gosta, disse que o sol de Natal, a doçura das netas e o carinho e amor de Zezé (sua esposa), são suas coisas favoritas no mundo. Que descanse em paz!
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