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Ministra do TSE suspende 164 direitos de resposta dados a Lula em programa de Bolsonaro

Maria Claudia Bucchianeri barrou inserções do petista até plenário do TSE analisar recurso de Bolsonaro

por: NOVO Notícias

Publicado 21 de outubro de 2022 às 09:45

Ministra Maria Claudia Bucchianeri – Foto: Antonio Augusto/Secom TSE

A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), suspendeu direitos de resposta que dariam 164 inserções de 30 segundos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na propaganda eleitoral do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

A defesa do presidente recorreu contra a decisão, que diminuiu drasticamente seu espaço na televisão na reta final do 2º turno.

A ministra afirmou que esse embargo não era compatível “com a celeridade inerente aos processos de direito de resposta, bem assim com a colegialidade que norteia os julgamentos sobre propaganda”, e decidiu suspender os direitos de resposta até que o recurso seja analisado pelos demais ministros do TSE.

“Nesse contexto, recebo os presentes embargos declaratórios como recurso inominado […] e a ele atribuo, excepcionalmente, eficácia suspensiva, até respectiva análise colegiada”, escreveu Bucchianeri.

Entenda

Na quinta-feira (20), o TSE concedeu 164 direitos de resposta a Lula em espaços anteriormente destinados à propaganda de Bolsonaro. Bucchianeri saiu derrotada na discussão.

No mesmo dia, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino deu 20 direitos de resposta a Lula e 14 a Bolsonaro. Ou seja: Lula teria, na reta final da disputa ao Planalto, direito a 170 inserções de 30 segundos em programas que seriam de Bolsonaro; enquanto isso o atual presidente iria de 25 para uma média de 3,7 inserções diárias.

Agora, quem sai perdendo 2 inserções de 30 segundos em tempo de TV é Lula. Isso porque, além de suspender os 164 direitos de resposta do ex-presidente, Bucchianeri deu a Bolsonaro 8 direitos de resposta no espaço de Lula.

O recurso do Chefe do Executivo deve ser analisado na próxima sessão ordinária do TSE, dada a urgência do caso. No entanto, o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, pode convocar uma sessão extraordinária para esta sexta-feira (21).

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