Messi já era o maior ganhador do prêmio desde 2019, quando desempatou o cinco a cinco que mantinha com Cristiano Ronaldo. Venceu a sétima Bola de Ouro em 2021, enquanto o português ganhou sua última em 2017
Publicado 30 de outubro de 2023 às 19:38
Lionel Messi recebeu nesta segunda-feira (30), dia em que Diego Armando Maradona completaria 63 anos se estivesse vivo, sua 8ª e muito provavelmente última Bola de Ouro. Para isso, venceu uma disputa com os jovens Erling Haaland, do Manchester City, e Kylian Mbappé, do Paris Saint-Germain, que ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
O oito vezes melhor do mundo dedicou a conquista à sua mulher, Antonella Roccuzzo, e a Maradona. “Antonella me ajudou a alcançar meus objetivos, meus sonhos, sem você nada disso teria sido possível”, disse, antes de acrescentar. “Queria mencionar mais uma pessoa, o Diego. É aniversário dele hoje, então não tem dia melhor para lembrá-lo. Em qualquer lugar que você esteja, parabéns. Quero compartilhar com você, Diego”, disse.
A revista francesa levou em consideração a temporada europeia, de agosto de 2022 a julho de 2023, para apontar uma lista de 30 finalistas, a partir da qual jornalistas de 180 países fizeram listas individuais e ordenaram de primeiro a quinto quais foram os melhores jogadores de futebol da temporada. Assim, os atletas receberam uma pontuação que foi somada para definir o vencedor do prêmio Bola de Ouro.
Messi já era o maior ganhador do prêmio desde 2019, quando desempatou o cinco a cinco que mantinha com Cristiano Ronaldo. Venceu a sétima Bola de Ouro em 2021, enquanto o português ganhou sua última em 2017. Pelé, o Rei do Futebol, tem sete Bolas de Ouro simbólicas, reconhecidas pela France Football após uma revisão feita em 2015, já que de 1956 até 1995 apenas europeus eram candidatos ao prêmio.
Desta vez, pesou a favor do astro argentino a liderança exercida por ele durante o título mundial conquistado pela Argentina no Catar em 2022, que encerrou um jejum de 36 anos sem Copa do Mundo para os argentinos. A última havia sido conquistada em 1986, por uma seleção liderada por Maradona. “Todo mundo sabia do meu desejo de se tornar campeão do mundo. Pessoas de diferentes nacionalidades queriam que a Argentina fosse campeã”, afirmou Messi.
Depois de tamanha conquista, o jogador de 36 anos trocou os xingamentos e cobranças que sofria no Paris Saint-Germain pelo Inter Miami, dos Estados Unidos, com o desejo de viver um ambiente de menor pressão, após fazer toda carreira profissional na Europa, e também de aproveitar a família.
Vencedor da edição passada do prêmio, após ser decisivo no título do Real Madrid na Liga dos Campeões 2021/2022, Karim Benzema, hoje jogador do Al-Ittihad, ficou apenas em 16º lugar desta vez, e o brasileiro Vini Jr foi o sexto. Já Jude Bellingham, jogador de maior destaque na Europa neste momento com seus 13 gols em 13 jogos, ficou em 18º por suas atuações com a camisa da seleção inglesa e de seu ex-time, o Borussia Dortmund.
Bellingham, contudo, não saiu de mãos vazias, pois foi agraciado como o Prêmio Kopa, que é entregue ao melhor jogador com menos de 21 anos. Para ficar com o troféu, o britânico de 20 anos desbancou nomes como Eduardo Camavinga (França e Real Madrid), Gavi (Espanha e Barcelona), Jamal Musiala (Alemanha e Bayern de Munique) e Pedri (Espanha e Barcelona).
Quem também subiu ao palco para ser premiado foi o goleiro Emiliano Martínez, decisivo no título da Copa do Mundo da Argentina. Dibu, como também é chamado o argentino do Aston Villa, recebeu o Prêmio Yashin, entregue ao melhor goleiro da temporada, e chegou a ser vaiado por parte da plateia francesa no momento em que o telão mostrou o vídeo da incrível defesa feita por ele na final contra a França, após um chute de Kolo Muani.
“Como você pode ver, os franceses pensam neste lance todos os dias”, disse Drogba, mestre de cerimônias do evento, antes de pedir para que as vaias parassem. Na disputa pelo prêmio, Dibu superou o brasileiro Ederson, do Manchester City, que ficou em segundo lugar, e o marroquino Bono, ex-Sevilla e agora no Al-Nassr, terceiro.
Courtois (Bélgica e Real Madrid) Ter Stegen (Alemanha e Barcelona), Onana (Camarões, Inter de Milão e Manchester United), Livakovic (Croácia, Dínamo Zagreb e Fenerbahçe), Ramsdale (Inglaterra e Arsenal), Maignan (França e Milan) e Brice Samba (França e Lens) completaram o top 10.
Cotado para receber a Bola de Ouro nos próximos anos, Erling Haaland recebeu o prêmio Gerd Muller, entregue ao maior artilheiro da temporada. O fenômeno de 23 anos marcou impressionantes 56 gols na soma de suas atuações com as camisas do Manchester City e da seleção norueguesa.
Entre as mulheres, a meio-campista Aitana Bonmati, estrela da Espanha e do Barcelona, foi eleita a melhor jogadora do mundo. Protagonista e autora de 20 gols e 23 assistências em 45 jogos, ela foi Campeã do Mundo com a seleção espanhola e da Liga dos Campeões com o time catalão.
“Foi um ano incrível. Receber um prêmio individual assim é ótimo, mas o futebol é um esporte coletivo. Agradeço a todas as pessoas que foram fundamentais para eu chegar até aqui hoje. Nunca imaginei quando criança que esse sonho seria realizado. Tornei-me, sim, uma grande jogadora de futebol. Quero parabenizar também a todas que foram nomeadas aqui, pois são todas muito fortes e merecedoras”, celebrou a espanhola.
Sam Kerr, da Austrália e do Chelsea, ficou em segundo lugar, acima de Sara Paralluelo, de apenas 19 anos, companheira de seleção e de clube de Bonmati. O Barcelona, eleito o melhor time feminino durante a premiação, emplacou mais duas atletas no top 10: a sueca Fridolina Rolfö (4ª) e a espanhola Patricia Guijarro (8ª). A britânica Mary Earps, do Manchester United, foi a quinta.
A espanhola Olga Carmona (Real Madrid, 6ª), a alemã Alexandra Popp (Wolfsburg, 7ª), a colombiana Linda Caicedo (Real Madrid, 9ª) e a britânica Rachel Daly (Aston Villa, 10ª) completaram as 10 primeiras posições. A atacante Debinha, do Kansas City Current, única brasileira do top 30, ficou em 28º lugar.
1º – Messi (Argentina, PSG e Inter Miami)
2º – Haaland (Noruega e Manchester City)
3º – Mbappé (França e PSG)
4º – De Bruyne (Bélgica e Manchester City)
5º – Rodri (Espanha e Manchester City)
6º – Vinícius Júnior (Brasil e Real Madrid)
7º – Julián Álvarez (Argentina e Manchester City)
8º – Osimhen (Nigéria e Napoli)
9º – Bernardo Silva (Portugal e Manchester City)
10º – Modric (Croácia e Real Madrid)
11º – Salah (Egito e Liverpool)
12º – Lewandowski (Polônia e Barcelona)
13º – Bono (Marrocos, Sevilla e Al-Nassr)
14º – Gündogan (Alemanha, Manchester City e Barcelona)
15º – Emiliano Martínez (Argentina e Aston Villa)
16º – Benzema (França, Real Madrid e Al-Ittihad)
17º – Kvaratskhelia (Geórgia e Napoli)
18º – Bellingham (Inglaterra, Borussia Dortmund e Real Madrid)
19º – Kane (Inglaterra, Tottenham e Bayern de Munique)
20º – Lautaro Martínez (Argentina e Inter de Milão)
21º – Griezmann (França e Atlético de Madrid)
22º – Kim Min-Jae (Coreia do Sul, Napoli e Bayern de Munique)
23º – Onana (Camarões, Inter de Milão e Manchester United)
24º – Bukayo Saka (Inglaterra e Arsenal)
25º – Gvardiol (Croácia, RB Leipzig e Manchester City)
26º – Musiala (Alemanha e Bayern de Munique)
27º – Barella (Itália e Inter de Milão)
28º – Kolo Muani (França, Eintracht Frankfurt e PSG)
29º – Odegaard (Noruega e Arsenal)
30º – Rúben Dias (Portugal e Manchester City)
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