Pais e responsáveis por estudantes de escolas privadas em Natal já estão se preparando para os impactos financeiros do ano letivo de 2025. Além das mensalidades, outros gastos relacionados à educação privada devem pesar no orçamento das famílias.
De acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal), as mensalidades escolares terão aumentos médios que variam de 8,71% no Ensino Médio a 9,25% nos níveis da Educação Infantil e Fundamental.
As mensalidades médias para cada nível de ensino foram definidas como: Educação Infantil (R$ 1.188,36), Ensino Fundamental I (R$ 1.249,89), Fundamental II (R$ 1.358,68) e Ensino Médio (R$ 1.692,20). As regiões leste e sul de Natal concentram as escolas com as mensalidades mais altas, enquanto as regiões oeste e norte apresentam os menores valores.
Ainda segundo o Procon, aproximadamente 60% dessas instituições aplicaram reajustes superiores à média registrada. Para uniformizar os dados, o Procon considerou os valores das mensalidades anuais divididos em 12 parcelas, sem a aplicação de descontos, como por pontualidade ou bolsas de estudo.
No entanto, o presidente do Sindicato das Escolas Privadas do Rio Grande do Norte, Alexandre Marinho, contesta os valores apresentados. “Essa média foi calculada com base em aproximadamente 30 escolas Em Natal, temos 189 escolas. Se a pesquisa fosse realizada com pelo menos 50% das escolas existentes, a média resultante seria consideravelmente menor. O reajuste das mensalidades escolares é determinado pela Lei nº 9.870/99 e é calculado através de uma planilha divulgada até 45 dias antes do último dia de matrícula, prazo este que define sua validade”, detalhou.
A pesquisa também destacou variações significativas nos preços, refletindo o padrão de ensino e o foco pedagógico das instituições. Escolas voltadas para a preparação dos alunos para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o ingresso no ensino superior, por exemplo, tendem a apresentar mensalidades mais altas no Ensino Médio.
“Ao realizar este reajuste, consideramos os custos da instituição, como encargos, folha de pagamento e manutenção, além da previsão de reajuste salarial para professores e funcionários em março de 2025. É uma questão de custo. Muitas escolas até cobram valores abaixo de seus custos, mas infelizmente, precisamos ajustar as mensalidades em função da inflação e dos custos operacionais da escola”, explicou Alexandre Marinho.
O setor de papelaria e livrarias também já sinaliza aumentos significativos nos preços dos materiais escolares. Itens como mochilas, cadernos, lápis, canetas e papel ofício tiveram um aumento médio de 18% em relação ao ano passado.
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