Polícia

Menino de 8 anos mata cunhado com tiro acidental no interior de SP

O homem, que tinha licença de colecionador, atirador esportivo e caçador, o chamado CAC, foi morto com a própria arma

por: NOVO Notícias

Publicado 9 de agosto de 2022 às 11:40

Wanderson dos Santos

Wanderson dos Santos era corretor de imóveis e foi morto com a própria arma – Foto: Reprodução/Instagram

Um menino de 8 anos matou com um tiro acidental o cunhado de 27, quando manuseava a arma dele, no início da noite desta segunda-feira, 8, em Jacareí, interior de São Paulo. O homem, que tinha licença de colecionador, atirador esportivo e caçador, o chamado CAC, tinha ido buscar seu filho de 5 anos e o menino, seu cunhado, em uma escola particular, no bairro Jardim Leonídia A arma de fogo estava no banco traseiro do automóvel. As crianças entraram no carro e o menino pegou a arma, e aconteceu o disparo acidental.

A pistola estava carregada com 12 projéteis. A bala atingiu a cabeça da vítima e, quando o socorro chegou, o homem já estava morto. Conforme a Polícia Civil, a arma estava com a documentação em dia. O caso foi encaminhado à Delegacia Seccional de Polícia Civil e a apuração será feita pelo 3o Distrito Policial. A ocorrência foi registrada como omissão de cautela e morte acidental.

A vítima, o corretor de imóveis Wanderson dos Santos, deixou mulher e dois filhos – além do menino de 5 anos, uma criança de 2 anos. Seu corpo está sendo velado nesta terça-feira, 9, em Jacareí.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em vigor desde 13 de Julho de 1990, menores de 12 anos são considerados crianças e são inimputáveis penalmente, ou seja, não podem sofrer nenhum tipo de penalidade. As medidas socioeducativas como a internação na Fundação Casa podem ser aplicadas apenas para adolescentes, que são os menores de 12 a 18 anos.

Conforme mostrou o Estadão, graças à política do governo de Jair Bolsonaro que facilitou a aquisição de armas, o total de CACs registrados no País saltou de 117.467 em 2018 para 673.818 este ano. O número é superior ao de policiais militares da ativa que atuam no Brasil, que são 406 mil, e supera o efetivo das Forças Armadas, de 360 mil soldados.

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