Natale Gontijo e Charles de Sá - Foto: Redes Sociais

Cotidiano

Sobrevivente Médico Charles Sá fala pela primeira vez após acidente na África

O médico respondeu uma publicação do jornalista Chrystian de Saboya falando sobre o seu estado de saúde e sua condição perante as autoridades locais, além da dor de perder sua esposa

por: NOVO Notícias

Publicado 23 de junho de 2024 às 18:19

Natale Gontijo e Charles de Sá – Foto: Redes Sociais

O médico potiguar Charles de Sá, sobrevivente de um trágico acidente que resultou na morte de oito pessoas na última terça-feira (18) na Namíbia, falou publicamente pela primeira vez após o triste episódio que vitimou inclusive a sua esposa, a também médica Natale Gontijo.

Em uma publicação do jornalista Chrystian de Saboya na rede social Instagram falando com empatia do caso e das dores do sobrevivente potiguar, Charles de Sá respondeu falando sobre o seu estado de saúde e sua condição perante as autoridades locais, além da dor de perder sua esposa.

“Caros De Saboya e demais amigos. Estou aqui vivo, com uma pequena fratura na coluna aguardando as autoridades locais, Não entendi ainda o porque fiquei vivo, mas Deus deve estar com alguns planos para mim. Este acidente aconteceu no nosso deslocamento na rodovia. Aqui é mão inglesa. Na batida fiquei desacordado, não lembro de muita coisa. Infelizmente no outro carro estava com 8 pessoas. Nunca tinha batido de carro em toda a minha vida. Esta foi a primeira vez. Bafômetro foi negativo”, relatou Charles de Sá.

O potiguar ainda falou sobre a perda de sua esposa, a também médica Natale Gontijo, e como está se sentindo diante dessa situação trágica.

“Natale ainda saiu viva e morreu no hospital. Infelizmente, estou destruído e não estou me importando com muita coisa. Perdi o amor da minha vida… não sei como será meu amanhã… aproveito para agradecer a muitas pessoas que estão orando por nós e nos mandando boas energias. Somos gratos por tanto amor e solidariedade. Por hoje é só”, finalizou Charles.

Conselho Federal de Medicina acompanha caso

Neste sábado (22), o Conselho Federal de Medicina se pronunciou sobre a situação do médico potiguar que vive dias de angústia na Namíbia. Em nota, a autarquia disse que está em contato com o Ministério da Saúde do país africano para obter informações e oferecer o suporte necessário.

O CFM presta ainda solidariedade a Charles de Sá e aos familiares de todas as vítimas, e destaca que “espera que as apurações sejam conduzidas de forma célere, preservando-se o direito de ampla defesa e contraditório ao médico potiguar, envolvido involuntariamente nesta tragédia.”.

Confira a nota na íntegra

INFORME AOS MÉDICOS E À SOCIEDADE
CFM acompanha apuração de incidente na Namíbia que envolveu médico do Rio Grande do Norte

Assim que tomou conhecimento de grave acidente de trânsito, ocorrido na Namíbia (África), no último dia 18 (terça-feira), com o médico potiguar Dr. Luís Charles Araújo de Sá, o qual vitimou fatalmente a esposa dele, Dra. Natale Gontijo (também médica), e outras oito pessoas, o Conselho Federal de Medicina passou a monitorar de perto a situação.

De imediato a Presidência determinou ao Departamento de Relações Internacionais do CFM, sob a coordenação do conselheiro Jeancarlo Cavalcante, que entrasse em contato com o Ministério da Saúde da Namíbia para obter informações sobre o caso e oferecer o suporte necessário. Para tanto, tem mantido contato regular com a Dra. Nguundja Uamburu, diretora da instituição.

O médico brasileiro, que era o motorista do veículo que levava as vítimas, se encontra hospitalizado em hospital da cidade de Otjiwarongo. As causas e a responsabilidade pelo acidente estão sob investigação pelas autoridades locais. Ele e a mulher se encontravam na Namíbia para dar início a uma ação expedicionária que pretendia cruzar três países da região.

O CFM manifesta sua solidariedade ao Dr. Luís Charles Araújo de Sá e a todos os familiares e amigos dos que perderam a vida neste incidente. Da mesma forma, a autarquia espera que as apurações sejam conduzidas de forma célere, preservando-se o direito de ampla defesa e contraditório ao médico potiguar, envolvido involuntariamente nesta tragédia.

Brasília, 22 de junho de 2024.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

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