Os investimentos em usinas de biometano miram um mercado que se abre após a sanção este ano da lei do Combustível do Futuro, que prevê a inclusão de biometano no gás natural comercializado no País a partir de 2026 para reduzir a emissão de gases do efeito estufa
Publicado 10 de janeiro de 2025 às 18:00
A Marquise Ambiental, terceira maior empresa de soluções e serviços de gestão de resíduos, vai investir em torno de R$ 400 milhões para geração de biometano em cinco projetos nos próximos três anos. Um desses projetos será em Natal (RN).
O maior deles está na floresta do Amazonas, para onde serão direcionados cerca de R$ 150 milhões no Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos (CTTR), localizado a 40 quilômetros de Manaus. Além de Natal, os outros investimentos em usinas de biometano serão realizados em Osasco (SP), Porto Velho (RO) e nos municípios de Aquirás e Eusébio (CE).
A ideia é replicar o modelo já maduro e de referência da Marquise, localizado em Fortaleza (CE). Lá há a GNR Fortaleza, usina de biometano da Marquise Ambiental em parcerias com a MDC Energia. É a única usina de biometano que injeta gás na rede de gás de petróleo e atende 20% de todo o Ceará no consumo de gás.
Os investimentos em usinas de biometano miram um mercado que se abre após a sanção este ano da lei do Combustível do Futuro, que prevê a inclusão de biometano no gás natural comercializado no País a partir de 2026 para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Comercialmente, a Marquise quer ampliar espaço no mercado de gestão de resíduos e biometano e se tornar um player relevante não só no norte e nordeste, mas em outras regiões do País.
O investimento da empresa que inclui o RN inclusive foi tema de reportagem no Jornal Nacional, da Rede Globo.
De acordo com o presidente da Marquise Ambiental, Hugo Nery a ambição da Marquise é fazer o maior reaproveitamento possível do que convencionamos chamar de lixo e dar luz à economia circular. Esse processo começa na transformação dos resíduos em biogás, que depois de purificado se torna o biometano. Ambos são usados como fonte de energia.
A separação de recicláveis para retorno ao mercado é um passo seguinte e ainda, mirando o futuro, o líquido que se desprende do lixo acumulado, o chorume, quando tratado, gera água destilada que pode ser usada em usinas de hidrogênio verde. De acordo com Nery, ao final dos investimentos no CTTR de Manaus, a unidade estará pronta para percorrer todos esses processos.
Além das usinas de biometano, outros R$ 100 milhões serão direcionados a projetos já em andamento de separação de matérias primas para aproveitamento de recicláveis, em Manaus, Fortaleza e Osasco. A previsão é que estejam em pé ao final de 2027. Em Porto Velho, a Marquise está também investindo na construção de um CTTR, onde será instalada uma usina de geração de biogás, envolvendo mais investimentos.
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