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Mantega renuncia a equipe de transição e entrega carta a Alckimin

Mantega havia sido indicado para fazer parte do grupo técnico responsável pelo planejamento, orçamento e gestão

por: NOVO Notícias

Publicado 17 de novembro de 2022 às 21:00

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Guido Mantega renunciou ao cargo na equipe do gabinete de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (17).

A informação foi confirmada pela equipe do gabinete de transição, que afirmou que Alckmin recebeu a carta de renúncia de Mantega e telefonou ao ex-ministro, agradecendo por seu empenho e desprendimento ao cargo. Mantega foi um dos nomes anunciados pela equipe do governo eleito para auxiliar no processo de transição. Ele auxiliaria no grupo de planejamento, orçamento e gestão.

O ex-ministro ocuparia um cargo de voluntário na equipe, já que está inabilitado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a exercer cargo em comissão ou função de confiança na administração pública federal por punição envolvendo o caso das pedaladas fiscais.

Na carta enviada a Alckmin nesta quinta (17), Mantega acusou “adversários” de usarem essa condenação no TCU para “tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo”.

“Essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo. Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da Equipe de Transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública. Estou confiante de que a justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação”, disse Mantega no documento.

A condenação no TCU não era o único entrave de Mantega. Desde que seu nome foi anunciado, houve repercussão negativa entre integrantes do mercado financeiro e de integrantes de partidos de centro que apoiaram a candidatura de Lula contra Bolsonaro.

A política econômica liderada por Mantega nos governos de Dilma Rousseff, com uma marca de crescimento nos gastos públicos, fez com que esses atores mais ligados ao mercado e ao establishment expusessem receios de que a participação do ex-ministro na transição significaria uma linha da política econômica do novo governo Lula.

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