Macron defendeu a inclusão do Brasil e de outros países como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Foto: Ricardo Stuckert / PR

Macron defendeu a inclusão do Brasil e de outros países como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Foto: Ricardo Stuckert / PR

Mundo

Países Macron defende promoção do Brasil a membro permanente do Conselho de Segurança da ONU

Atualmente, o posto é reservado a um grupo de cinco países: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos

por: André Marinho, da Agência Estado

Publicado 25 de setembro de 2024 às 19:30

O presidente da França, Emmanuel Macron, reforçou nesta quarta-feira (25) o apoio à inclusão do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, o posto é reservado a um grupo de cinco países: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos.

Durante discurso na Assembleia Geral da ONU, Macron defendeu a expansão do órgão para adicionar também Alemanha, Japão e Índia, além de dois assentos para nações africanas. “Reforma também devem mudar os métodos de trabalho para limitar o poder de voto em caso de crimes em massa e para focar em necessidades de missões de paz”, argumentou o presidente francês.

Para Macron, os conflitos em andamento no mundo atualmente levantam dúvidas sobre a capacidade da comunidade internacional de garantir a execução da carta da ONU. Por isso, é urgente que soluções sejam encontradas para encerrar os conflitos em Gaza e na Ucrânia, na visão dele.

O presidente da França alertou contra uma escalada da guerra no Oriente Médio e defendeu o avanço de negociações por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Em discurso na Assembleia Geral da ONU, Macron exortou Israel a evitar o aumento das hostilidades no Líbano e exigiu que o Hezbollah pare os ataques ao território israelense.

Macron voltou a condenar os atos “terroristas” do Hamas contra Israel e reforçou o direito do país em responder ameaças à sua integridade. No entanto, o líder francês reconheceu que a guerra já se estende por um período excessivamente longo. “Um cessar-fogo permanece uma prioridade para todos nós”, disse.

Ele reiterou apoio às negociações mediadas por EUA, Egito e Catar para assegurar a paz na região. Em particular, argumentou que uma trégua deve se concretizar o mais breve possível com a volta dos reféns do Hamas. “Essa é uma posição que mantemos desde outubro de 2023”, lembrou.

Nesse sentido, Macron ressaltou que a França fará o que for necessário para garantir um Estado palestino ao lado de Israel, em um posicionamento que endossa a chamada “solução de dois Estados”.

Tags