Justiça

Justiça decide que anestesistas devem manter serviços para Unimed Natal

Presidente da Coopanest-RN alega que preços pagos pela operadora aos anestesistas estão entre os mais baixos do Brasil; cooperativa quer romper contrato

por: NOVO Notícias

Publicado 8 de agosto de 2022 às 11:00

Unimed Natal

Foto: Divulgação/Unimed Natal

Após o anúncio sobre o fim do contrato de prestação de serviços de anestesiologia, que deixaria de vigorar a partir desta terça-feira (9), na manhã dessa segunda (8) a Unimed Natal informou que a Justiça concedeu liminar determinando que os serviços sejam mantidos.

“Prezando pelo atendimento médico de qualidade e cuidado com seus mais de 204 mil clientes e seus médicos cooperados, [a Unimed Natal] adotou todas as medidas cabíveis para garantir a continuidade dos atendimentos dos anestesistas. (…) Portanto, as cirurgias e procedimentos realizados com participação dos Anestesiologistas seguem sem interrupção ou mudança nos procedimentos”, informou.

A Cooperativa dos Anestesiologistas do Rio Grande do Norte (Coopanest-RN) informou que vai acatar a decisão da Justiça.

Entenda

Na última semana, a Coopanest-RN comunicou que iria romper o contrato mantido com a Unimed Natal há 28 anos. O motivo seria o impasse sobre a aplicação do reajuste do Índice Nacional de Preços Amplo ao Consumidor (IPCA) que, segundo a Cooperativa, não foi aceito pela operadora, mesmo após diversas rodadas de negociação.

Em entrevista à Jovem Pan News Natal na semana passada, o presidente da Coopanest, Vinícius Luz, afirmou que os preços pagos pela Unimed Natal aos médicos anestesistas estão entre os mais baixos do Brasil, principalmente comparados aos valores aplicados em estados do Nordeste que têm a mesma relação de serviços entre cooperativa e operadora de Saúde, como Pernambuco e Recife.

Apesar da decisão, a operadora disse que continua buscando “todos os meios negociais junto à Coopanest”. “A Unimed Natal continua buscando todos os meios negociais junto à COOPANEST/RN para que a questão saia da esfera judicial e o contrato seja efetivamente estabelecido entre as partes”, informou.

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