Três dias após o anúncio de um novo reajuste, e a pressão que deixa um clima de ‘guerra’ entre a direção da estatal e o presidente Jair Bolsonaro, o líder da petrolífera anunciou sua saída do cargo
Publicado 20 de junho de 2022 às 10:28
Na manhã desta segunda-feira (20), o engenheiro José Mauro Coelho renunciou ao cargo de presidente da Petrobras, pouco mais de dois meses após ter sido eleito pelo Conselho da estatal, no último dia 14 de abril.
A decisão foi tomada após mais um reajuste, anunciado pela petrolífera, na última sexta-feira (17), e um novo embate com o presidente da República, Jair Bolsonaro, que ameaçou convocar a base aliada a abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a direção da estatal.
Os sucessivos reajustes nos combustíveis causa o descontentamento popular e do Governo, que acaba sendo desgastado com a situação. Visando conter os aumentos, o Congresso Nacional aprovou, na última semana, um projeto de lei que fixa em 17% o ICMS cobrado pelos estados em alguns serviços e produtos, entre eles, o combustível. Logo após a aprovação, que prevê uma redução de 80 centavos no preço do óleo diesel, um aumento anunciado pelo Petrobras aumentou o combustível em 70 centavos.
Indignado com a situação, o presidente Jair Bolsonaro chegou a acusar a direção da Petrobras de trair o povo brasileiro, e de visar apenas o lucro e nada do social, chegando a citar a Lei 13.303, conhecida como Lei das Estatais, que prevê que as estatais devem ter um papel social.
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